Vinte anos de Sinfônica com boa música

A Orquestra Sinfônica do Paraná completa, no próximo dia 28, vinte anos de história e tradição. Criada em 1985, o seu primeiro maestro titular foi Alceo Bocchio, que nasceu em Curitiba e estudou piano com o maior compositor brasileiro, Villa-Lobos.

Desde então, a OSP desenvolve um repertório amplo e eclético. Foram feitos cerca de 750 concertos, óperas e balés, apresentados em diversas cidades brasileiras. Somente no ano passado, foram 51 apresentações. Para comemorar essas duas décadas de sucesso, a orquestra está fazendo, durante todo o mês de maio, apresentações aos domingos de manhã e nos dias 26 e 28, o concerto será às 20h e às 20h30, respectivamente, com um grande repertório (são mais de 200 compositores nacionais e internacionais) e algumas novidades ao público.

A Orquestra Sinfônica do Paraná é uma das poucas no Brasil que já interpretou as nove sinfonias de Beethoven. O primeiro Ciclo Beethoven (as nove sinfonias, em quatro concertos) foi criada em 1998 e, em 2000, a OSP voltou a apresentar as composições mais conhecidas do compositor alemão. As sinfonias de Brahms e as composições de Gershwin também foram interpretadas pela orquestra. Ainda em 1998, a OSP foi convidada para abrir o Festival Villa-Lobos, no Rio de Janeiro. Foi a primeira vez que uma orquestra de outro estado abriu o evento.

Os intrumentos de sopro, ou metais.

Com setenta músicos tocando vinte instrumentos diferentes, a Orquestra Sinfônica do Paraná conta com a regência do maestro italiano Alessandro Sangiorgi, que, por coincidência, também comemora no dia 28 de maio vinte anos do seu primeiro concerto como maestro, na Itália.

A figura do maestro foi inventada no século XIX. Antes disso quem regia as orquestras era o spala, o primeiro violino, que fica à esquerda do maestro. ?Antigamente as orquestras eram menores, portanto era possível que só o spala regesse uma orquestra sinfônica?, explica o maestro. Alessandro, tem apenas 44 anos e está como regente titular da OSP desde 2002. É pianista e professor de música. Ele começou a estudar música desde os sete anos de idade e diz que os pré-requisitos para ser um bom músico e poder participar de uma orquestra é ter uma sólida formação musical. ?Tem que saber tocar pelo menos um instrumento, violino ou piano de preferência. Para ser maestro tem que ter liderança, boas idéias. É como ser um líder político, tem que saber comandar a orquestra?, diz.

O maestro é quem coordena e diz como cada instrumento deve ser tocado. ?Cada maestro tem sua forma de reger.?

No Brasil, Sangiorgi regeu também a Orquestra Sinfônica Brasileira, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a Orquestra Sinfônica da Bahia e a Orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Ele assume que a profissão de músico não é muito simples. ?Tem anos que a gente trabalha menos e ganha menos, mas o amor à profissão e a dedicação que você tem que ter, são retribuídos com sucesso e prazer?, diz Alessandro.

Cláudia Pimentel Slaviero é jornalista

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