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‘Vingadores – Ultimato’ é um marco que pode trazer novos heróis ao olimpo

Joe Russo usa apenas uma palavra para definir Vingadores: Ultimato, que dirigiu com seu irmão Anthony: “catártico”. E mais não disse na coletiva de imprensa do filme que estreia quinta-feira no Brasil. O evento foi menor do que o anterior da saga dos Vingadores, quando o palco ficou pequeno para tanto super-herói. Desta vez, estavam lá alguns dos pioneiros, como Robert Downey Jr., ou Tony Stark/Homem de Ferro, Chris Evans, o Capitão América, Chris Hemsworth, o Thor, Mark Ruffalo, o Hulk, e Scarlett Johansson, a Viúva Negra, e também alguns novatos do Universo Cinematográfico Marvel, como Danai Gurira, a Okoye, e, claro, a Capitã Marvel Brie Larson, que rodou Ultimato antes do filme de sua personagem. “Minha introdução ao Universo Marvel foi na foto de dez anos do estúdio”, disse. “Foi intimidante, mas, no fim, éramos como um bando de crianças brincando no quintal nas férias de verão.”

Os ausentes – de Chris Pratt, o Senhor das Estrelas, a Chadwick Boseman, o Pantera Negra, passando por Benedict Cumberbatch (Doutor Estranho) e Tom Holland (Peter Parker/Homem-Aranha) – viraram pó, como sabem todos os que assistiram ao chocante final de Vingadores: Guerra Infinita. “Fizemos uma escolha séria ali. Mas acho que o público gostou disso”, afirmou Downey Jr. Os heróis remanescentes estão lidando com sentimentos profundos, segundo os roteiristas Christopher Markus e Stephen McFeely. “O filme questiona qual o preço do heroísmo, qual o custo de fazer a coisa certa face à perda e ao sofrimento”, disse McFeely em entrevista exclusiva ao Estado. Ele esclareceu que o longa anterior não terminou num “cliffhanger”. “É uma tragédia. Não existe dúvida em relação ao que aconteceu. Você não gosta do que ocorreu, mas ocorreu. Então achamos que uma narrativa madura no filme seguinte começaria de forma honesta, lidando com o que houve. Nenhuma produção de super-herói jamais fez isso por mais de cinco minutos antes da cena de ação.” Então isso significa mais drama e menos ação? “É algo diferente”, disse Christopher Markus. McFeely emendou: “É ambicioso. Por isso a duração de três horas”.

Foram muitos anos de trabalho para criar o roteiro de Guerra Civil e Ultimato, rodados simultaneamente. Era setembro de 2015, e McFeely, Markus, os diretores Joe e Anthony Russo e o diretor dos estúdios Marvel Kevin Feige tinham acabado de terminar a filmagem de Capitão América: Guerra Civil. Ou seja, antes de Doutor Estranho, de Pantera Negra, de Thor: Ragnarok, de Homem-Formiga e a Vespa, de Capitã Marvel. Os roteiristas se trancaram numa sala por quatro meses, com um grande painel com cartões representando todos os personagens para pensar que história contar ao longo de dois filmes – uma em que o estalar de dedos de Thanos fizesse desaparecer alguns heróis em algum momento. Também era importante identificar que personagens agrupar. Há rumores de que o reencontro de Capitão América e Tony Stark pode ser parte importante de Ultimato. “Bem, eles não se veem desde o fim de Guerra Civil. Podia ser interessante, hein?”, disse Chris Markus em tom de brincadeira.

Seja como for, Vingadores: Ultimato tem um clima de despedida. Em dez anos de vida, a Marvel fez 22 filmes, e Kevin Feige já disse que este marcará o fim de uma fase. “Quatro ou cinco anos atrás, começamos a perguntar: O que ainda não vimos num filme baseado em histórias em quadrinhos?”, disse Feige. “Não vimos um fim. Uma conclusão definitiva para uma saga. Então por isso o filme se chama Ultimato e por isso que acho muito, muito especial.” Muito se falou na coletiva sobre a família Marvel que se formou, com almoços promovidos por Robert Downey Jr. e jogos de caça-palavra – Paul Rudd e Don Cheadle são campeões, Mark Ruffalo não é muito bom. “Para mim não é como família porque não tem muito drama. Todos nos damos bem”, disse Ruffalo. Mas em seguida o ator caiu num tom mais melancólico “Há uma certa tristeza. Estamos falando como se estivéssemos mortos. Amei trabalhar com essas pessoas. Há algo de agridoce neste momento.

Nós vimos pessoas crescerem, terem filhos, se casarem, se divorciarem e se casarem novamente fazendo esses filmes.” A fala de Ruffalo parece confirmar a suspeita de que alguns personagens não voltarão mais – Capitão América, Homem de Ferro e talvez Thor entre eles. É o fim de uma era. Mas o que a próxima reserva? “Eu espero que filmes com diferentes pontos de vista, porque isso significa que estaremos mais próximos do nosso público, que é diverso”, disse Trinh Tran, produtora do filme. “Com Pantera Negra e Capitã Marvel, a audiência nos deu sinais de que podemos correr riscos e assim contar histórias melhores.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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