Vingadores chegam para sacudir o mundo da Marvel

Muito foi dito sobre o que esperar do filme Os Vingadores, longa que reúne a principal super equipe da Marvel Comics. Recebido com muito receio e desconfiança, parte dos cinéfilos e fãs de carteirinha da editora não acreditavam que seria possível condensar a história do grupo em um filme só. Alguns chegaram a dizer que, com um elenco recheado de estrelas, como Robert Downey Jr., Samuel L. Jackson, Jeremy Renner, Scarlett Johansson, entre tantos outros, iria dar problema, briga de egos, entre outras coisas. Outros, mais entusiastas, apostavam que a fórmula daria certo e que o laboratório feito em outros filmes da Marvel, em que sempre havia algo interligando as histórias, estava funcionando plenamente. Contudo, dos dois lados, havia apenas especulação até então.

Agora, não há mais. Para alegria dos que estavam inseridos no segundo grupo (dentre os quais eu me incluo), Os Vingadores não só funciona muito bem como ainda é o melhor filme com este tema de super heróis desde o excepcional Batman – O cavaleiro das trevas. Em que pese um erro aqui, uma falta de explicação acolá, Os Vingadores vão empolgar aqueles que já são seus fãs como também pode trazer uma leva de novos admiradores.

O mérito por trás de tudo isso é o diretor e roteirista Joss Whedon que, nas horas vagas, também é editor da Marvel. Ou seja, o projeto esteve em boas mãos desde que foi anunciada a sua participação. Para começar, Whedon fez com que fosse um filme realmente dos Vingadores e não um “Homem de Ferro e Amigos” como muitos temiam (lembrando que o principal nome do longa é Robert Downey Jr, que dá vida ao Tony Stark/Homem de Ferro). Todos ali têm suas importâncias, inclusive personagens menos populares, como o Gavião Arqueiro (Renner), Viúva Negra (Johansson) e ainda o agente Coulson (Clark Gregg), de fundamental importância no decorrer do filme. Whedon fez ainda tudo o que se esperava de cada personagem. Do Capitão América, por exemplo, era de se esperar que ele tomasse a liderança do grupo em combate (já que nos quadrinhos ele é o responsável pelas estratégias da equipe). Isto é, o diretor buscou ser o mais fiel possível dos quadrinhos.

É interessante também notar que nenhum drama pessoal dos heróis foi resolvido aqui, pois o objetivo era fazer um filme que falasse do objetivo em comum de cada um. Então continuamos com um Bruce Banner/Hulk lidando com sua tentativa de controlar a fera interior, de Thor em encarar a traição de seu irmão Loki (o grande vilão do filme), o deslocamento do Capitão América em acordar em um mundo completamente diferente e assim suscetivamente.

As atuações também estão bem niveladas. Ninguém ofusca ninguém. Chris Evans repete a boa atuação como Capitão América, Mark Rufallo dá uma aura zen a Bruce Banner, Downey Jr. Repete sua habitual competência, Chris Hemsworth, o Thor, está melhor em Vingadores do que seu filme solo, Tom Hiddleston, como o deus vilanesco Loki, passa a sensação de perigo. Renner, Johansson, Jackson e Cregg também contribuem positivamente para o sucesso do filme.

A pancadaria também está empolgante. Tanto o inevitável embate entre os heróis (coisa comum nos quadrinhos), quanto na batalha contra Loki e seu exército alienígena, são daquelas de tirar o fôlego. Mesmo as tradicionais piadas conseguem soar orgânicas, sem ser forçadas ou mesmo batidas.

Poderia ficar aqui e falar por horas a fio todos os porquês de Os Vingadores ser um filme sensacional. Mas o melhor mesmo a fazer é que o leitor vá até o cinema e se deleite com 2h30 de exibição (que passam voando, acreditem). Ah, há uma cena final pós-créditos, que revela algo importante. Então, como os heróis dizem, avante Vingadores!

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