Recém-lançado, o livro Linha do Tempo do Design Gráfico no Brasil tem a importante função de apresentar um panorama do design criado no País, dedicado a especialistas da área, estudantes, colecionadores e curiosos. São 744 páginas recheadas com mais de 1600 belíssimas imagens de capas de revistas, jornais, livros, discos e cartazes, que percorrem quase 200 anos de produção gráfica.
Com organização do designer e professor Chico Homem de Melo e da diretora de arte da editora Cosac Naify Elaine Ramos, a publicação parte de 1808, ano em que a chegada da família real portuguesa ao Brasil instituiu o uso de máquinas tipográficas inglesas. Vale lembrar que, nos séculos 16, 17 e 18, qualquer tipo de impressão era proibida em solo nacional. A obra segue até 1999, quando os computadores pessoais levam definitivamente o trabalho dos profissionais da prancheta às telas.
Chico Homem de Melo lembra que o projeto do volume surgiu há cerca de quatro anos, quando Elaine trabalhava no livro História do Design Gráfico, de Philip B. Meggs, obra semelhante com um recorte internacional, e notou que a presença brasileira no volume era muito tímida. “A parte nacional seria um capítulo do livro, mas não deu certo. Então, pensamos em um livrinho”, brinca ele.
A pesquisa em sebos, feiras e livros levou a uma série de descobertas fantásticas, como o primoroso trabalho do design J. Carlos (1884-1950). “Ele era impressionante, fazia os trabalhos pensando no público que iria recebê-lo.”
Melo destaca a qualidade da revista P’ra Você, dos anos 30. “O design Manoel Bandeira, que tinha nome parecido com o poeta, fazia capas com forte inspiração modernista, no limite entre a figura e o abstrato”, diz. As informações são do Jornal da Tarde.
Linha do Tempo do Design Gráfico no Brasil – Cosac Naify
Preço: R$ 198