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‘Versace’, que estreia nesta quinta, foca em assassino do estilista

American Crime Story: O Povo Contra O.J. Simpson foi sucesso de público, de crítica e nas premiações, levando 9 Emmys e concorrendo a outros 13. Os produtores Nina Jacobson e Brad Simpson, que colaboram com Ryan Murphy na empreitada, sabiam que seria difícil repetir o sucesso da primeira temporada da antologia.

“Em termos de fama, nada se compararia ao caso O.J. Simpson”, disse Jacobson em entrevista à reportagem em Pasadena, na Califórnia. “Então fomos buscar uma história que tivesse um esqueleto temático que nos interessava. Cada temporada tem de ser sobre um crime do qual os Estados Unidos são culpados, algo que nos implica culturalmente.”

Assim chegaram ao estilista italiano Gianni Versace (interpretado pelo venezuelano Edgar Ramirez), assassinado em 15 de julho de 1997, em Miami Beach – mas, principalmente, ao assassino, o jovem Andrew Cunanan (Darren Criss). American Crime Story: O Assassinato de Gianni Versace, que estreia nesta quinta, 18, às 23h, no canal FX, é mais sobre Cunanan, que matou outros quatro homens antes, do que sobre o designer de moda. Não à toa, apesar de ter no elenco gente famosa como a espanhola Penélope Cruz, como a irmã e herdeira de Gianni, Donatella, e o cantor porto-riquenho Ricky Martin, como o amante do estilista, Antonio D’Amico, com quem viveu por 15 anos, o destaque é Criss, que tinha trabalhado com Ryan Murphy em Glee e American Horror Story.

A estrutura de O Assassinato de Gianni Versace também não poderia ser mais diferente. O Povo Contra O.J. Simpson partia do crime, passava pela investigação, mas, no fundo, era um drama de tribunal. Versace começa com o assassinato, mas então volta no passado para mostrar os dias de Cunanan em Miami antes daquele 15 de julho e os outros quatro assassinatos que cometeu, todos de homens gays. O tom é meio de ópera, tragédia grega, focando na homofobia e busca pela fama. “Não mostrar o lado sombrio seria uma exploração”, disse o roteirista Tom Rob Smith. “Muitas vezes, os assassinatos nas séries parecem não ter repercussão. Queria que o público conhecesse aquelas pessoas, para que sentisse a perda quando elas são assassinadas.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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