Os Mercenários 3, filme que reúne os maiores “badasses” dos filmes de ação, como Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger, Jason Statham, entre outros, é, assim como os seus antecessores, uma besteira. Mas é uma besteira muita, mas muita divertida, que vai entreter aquele cinéfilo fã de longas que transbordam testosterona.
O filme entrega tudo o que poderia se esperar de um elenco grandioso de filmes de ação. Ou seja, o espectador será bombardeado (ops!) com frames e mais frames de tiros, explosões, porrada, planos de ataques mirabolantes e demonstração para ver quem é o macho alfa da parada a todo momento.
Outra coisa legal que também ocorreu nos outros filmes da franquia, são as piadas autorreferenciais, ainda que em menor dose do que o segundo filme. Reparem, por exemplo, o motivo da prisão do personagem Doctor Death, interpretado por um inspirado Wesley Snipes. Ou ainda ver o Schwarzenegger gritar “Get to the chopper!” (vão para o helicóptero), frase usada pelo ator no filme O Predador.
O grande destaque deste filme vão justamente para os atores que mais se divertiram em cena. Em primeiro, Antonio Bandeiras. De longe, é a melhor coisa do filme. Percebe-se que o ator espanhol realmente se sentiu à vontade na pele de Galgo, um mercenário bom de tiro e meio “sequelado”, já que não para de falar. Mel Gibson, como o vilão Conrad Stonebanks, reuniu todos aqueles clichês dos bandidos de filmes de ação e criou um rival à altura para Stallone.
Contudo, nem tudo são flores em Os Mercenários 3. Um dos problemas é recorrente: a história. Frágil e até mesmo infantil, a trama é ligeiramente melhor do que a do primeiro e segundo filme. Só fica a lamentação de não ter pensado um pouco mais na hora de escrever o roteiro. Outro detalhe é que o longa tenta se levar mais a sério, o que não ocorre no segundo filme, que deixa claro que aquilo é “um filme sobre filmes de ação”. Por último, os novos mercenários decepcionam. Com o carisma semelhante a de uma casca de amendoim, a “ala jovem” empalidece para valer quando dividem a cena com os figurões.
Entre mortos e feridos (ops, de novo!), Os Mercenários 3 mostra que ainda tem fôlego e que, se os “velhinhos” aguentarem (lembrando que Stallone tem 68 anos e Schwarzenegger tem 67), pode render mais continuações. Se elas vierem, ao menos, tomara que arrumem esses contratempos para aumentar ainda mais a diversão.
