Fábio Porchat desembarcou no Brasil na madrugada de segunda-feira, depois de 35 dias de férias na Índia e na Tailândia. À noite, a Globo mostrou Vai Que Dá Certo, o 1, na Tela Quente e imediatamente Fábio, mesmo atordoado pelo jet leg, pôde acompanhar nas redes sociais o tititi que o filme ainda provoca. “Captei de canto de orelha, mas foi uma sacada inteligente da Globo e um bom aquecimento para o 2.” Fábio fala de Vai Que Dá Certo 2, o primeiro blockbuster nacional de 2016, que entra nessa quinta, 7, em cartaz. O filme vai arrebentar? Ele espera que sim. “Ficamos um ano trabalhando no roteiro. O que a gente não queria era ficar na mesmice e repetir o 1. Acho que conseguimos. É mérito do roteiro, deixa eu puxar a sardinha para o meu lado porque sou um dos roteiristas, mas também da direção do Maurício (Farias).”
Para o repórter, o 2 é melhor que o 1, até pela manerira como incorpora o tempo. “Legal!”, comemora Porchat. E ele concorda que o filme dá um passo adiante na atual onda de comédias que ditam as regras no mercado brasileiro. Recomenda Vai Que Dá Certo 2 como obra que gostaria de ver. E por quê? “Porque é uma comédia com viés na ação, porque é divertida e moderna. Nesse curto espaço de tempo desde o 1, o mundo já mudou. Estamos em ritmo de pen drive. Parece nada, mas a gente tem de se antenar.” Por falar em antena, como ele, que vive de humor, vê o País no seu retorno? “As coisas mudaram, mudam a toda hora, mas, no fundo, tudo continua igual.” O Zé de Abreu e o Paulo Betti continuam defendendo o PT e a metade que já odiava a presidente Dilma não se apaixonou.
Na trama do 2, os caros amigos Amaral/Porchat, Rodrigo/Danton Mello e Tonico/Felipe Abib seguem na pindaíba. É quando Danilo/Lúcio Mauro Filho descobre uma forma de ganhar dinheiro que tem a ver com chantagem. Será que dá certo? A história agrega uma prima periguete, dois federais que estão mais para bandidos que Lava-Jato e até Vladimir Brichta como malandro que pega em armas. A aposta é na mistura de gêneros – e no viés de ação a que Porchat se refere. O ator e roteirista está confiante. “O segredo é fazer filmes bem produzidos, com bom conteúdo. Se o filme é bom, o público não enjoa. As pessoas adoram reencontrar personagens conhecidos, mas querem vê-los em novas aventuras. É o que a gente propõe.”
Prova disso é que Entre Abelhas, o filme ‘cabeça’ de Porchat com o diretor Ian SBF, faturou 500 mil espectadores nos cinemas. “Foi uma surpresa para todo mundo, menos para gente, que apostava que seria possível atrair público com uma história diferente. Entre Abelhas tinha um pé no absurdo, da mesma forma que existem comédias nonsense, farsescas, românticas. Tudo é permitido, menos que o filme seja ruim.” Porchat diz o que o leitor do jornal O Estado de S.Paulo já sabe – nem durante as férias parou com as colunas no jornal. “Meu nome é trabalho”, brinca.
Na semana que vem, começa a rodagem de Porta dos Fundos – O Filme, que ele também coescreveu. “Não vai ser uma comédia de esquetes, vai ter uma história com começo, meio e fim”, promete. Sobre a ida para a Record, desconversa. “Morro de vontade de ter um programa meu na TV aberta, um talk-show. Não assinei nada, estamos conversando. As férias meio que pararam com tudo, mas vamos retomar.
Cara, só o anúncio já desencadeou uma onda de boatos e ciúmes. Já pensou quando o contrato sair?” Quando, ou se? Porchat fecha-se em copas. Só ri. O repórter ainda provoca. A Tailândia é famosa pelo turismo sexual. E…? “E o quê, cara? Fui com a namorada, super comportado. Mas fomos a um show erótico, aquele das bolinhas de pingue-pongue. Rapaz…” A performance, pelo visto, atordoou mais Porchat que o jet leg. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.