Em fevereiro deste ano, a atriz Claudete Pereira Jorge recebeu um legítimo presente de grego: no dia 21 de maio ela participará da abertura da 1.ª Bienal de Arte Contemporânea de Tessalônica, na Grécia. No roteiro, a apresentação de nada menos que o canto I da Ilíada de Homero com tradução de Odorico Mendes.

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A história começou há mais de um ano. Certo dia, o músico e diretor Octávio Camargo chegou à casa de Claudete com um exemplar da Ilíada em mãos e lhe pediu para iniciar o estudo da obra para participar de uma futura encenação projetada para ter 24 atores. No começo, Claudete não acreditava verdadeiramente no que disse rindo para Octávio quando o viu com o texto: isso aqui é a minha passagem para a Grécia.

Ela topou o desafio, iniciou a leitura, decorou seu texto e começou os ensaios, que iam desde as intermináveis leituras do livro até as noites de contemplação do céu.

Todos os métodos eram válidos para recuperar a aura da Grécia dos tempos da cultura oral. O processo de montagem foi minucioso e detalhista.

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A atriz ganhou as passagens do Ministério da Cultura. A correria agora é contra o relógio para conseguir o apoio dos órgãos públicos ligados à cultura e outros incentivadores artísticos que queiram apoiar a companhia a representar o Paraná na Grécia.