Uma luz na escuridão das vidas do Carandiru

O jornalista Humberto Rodrigues foi preso há dois anos e condenado por um crime que não havia cometido. Até ser absolvido, um ano e meio depois, viveu dias terríveis nas celas do maior presídio da América Latina, o Carandiru. Dessa tragédia nasceu um livro no qual revela resquícios de esperança e humanidade.

Rodrigues tinha 65 anos e era um jornalista respeitado quando foi levado por policiais, jogado em uma cela infecta e em seguida, para sua perplexidade, condenado pelo crime que não havia cometido. Durante 514 dias, coube-lhe uma experiência extrema.

Profissional acostumado com o sucesso, com os melhores hotéis e restaurantes, a história de Humberto Rodrigues causa choque e surpresa. Choque porque o leitor sente-se acompanhando o autor ao longo de uma narrativa vigorosa, em que o homem é reduzido a quase nada. Surpreso porque, por mais incrível que possa parecer, ele conseguiu sobreviver à experiência sem qualquer resquício de rancor.

O ponto central do livro (Geração Editorial, 295 páginas) são as histórias apresentadas de forma direta e honesta de homens que chegaram ao extremo mais degradante da condição humana.

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