A maioria dos baladeiros de plantão certamente um dia sonhou em ser o Disc Jockey (DJ) da festa. Mas para quem nunca curtiu a noite nas várias casas noturnas da cidade, explica-se: a figura do DJ serve para comandar o som no ambiente.

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Ele é o responsável por “dirigir” as pick-ups, cd players digitais e mixers e garantir o agito. Porém, mais do que apertar botões, o DJ precisa estar sempre atento na reação do público e estar antenado com o que é sucesso nas pistas de danças mundiais.

Para quem tem esse desejo de comandar as “emoções das pessoas”, conforme os próprios profissionais definem seu trabalho, o Centro Europeu, em Curitiba, desenvolve há cinco anos um curso voltado para pessoas que têm interesse em seguir carreira nessa área ou simplesmente desenvolver um novo hobby. O curso regular dura quatro meses, mas a escola abre agora um intensivo de férias, com duração de quatro semanas.

Professor do curso e DJ há dez anos, Vanderlei Calistro explica que a profissão vem crescendo bastante nos últimos anos e que é uma boa opção para quem gosta de trabalhar com música. “O mercado é bem amplo e interessante.

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O DJ não toca apenas em casas noturnas, como muitos pensam. É cada vez mais constante a nossa participação em eventos, como, por exemplo, desfiles e inauguração de lojas”, conta.

O professor relata que é formada, somente na escola, uma média de 150 a 200 pessoas por ano. “Muitas fizeram disso sua profissão. Outras, que iniciaram como um hobby, gostaram tanto do negócio que largaram trabalhos bem-sucedidos e viraram DJs profissionais”, diz.

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Calistro revela o que é preciso para ser um bom DJ. “Você precisa se manter atento ao que é sucesso e incluir no repertório. Não é uma tarefa fácil, haja vista que, mundialmente, são lançadas duas mil músicas por semana”, revela.

O DJ também pode pegar aquele sucesso dos anos 70s e 80s, usar uma batida nova e incluir no set list. “Além disso, é preciso manter-se sempre apresentável para os eventos, uma vez que muita gente faz uma associação errada da gente por conta de algumas ‘laranjas podres’. Acima de tudo, considero que o DJ deve ser ágil em compreender o seu público”, diz. Se uma música está chateando, o profissional deve ser rápido em colocar algo que volte a agitar o recinto.

Profissionalização

O professor afirma que procurar uma escola para se tornar DJ é importante nos dias de hoje. Ele, que começou de forma autodidata, acredita que o lado teórico do assunto auxilia bastante.

“Possivelmente teria feito um curso na época em que comecei a discotecar. A maioria dos que chegam aqui não tem ideia de como funciona os equipamentos. Quando terminam o curso, já dominam bem as pick-ups.”

No curso o aluno aprende a editar música, passa a entender de produção musical, como manusear os aparelhos, entre outras coisas. É importante ainda, para quem quer ser profissional, manter contato com outros DJs. “Quando aparece alguém que leva muito jeito para a coisa, sempre acaba conseguindo trabalho. Alguns viram até residentes de casas de shows”, diz.

O investimento para ser DJ não é dos mais altos. “Com R$ 3,5 mil você consegue comprar duas pick-ups, dois players e um mixer. Caso possa investir ainda mais, é recomendado comprar um computador, embora não seja obrigatório”, avalia.

Trabalho envolvente

Quem fez o curso afirma que ser DJ é apaixonante. A potiguara Maria Clara Silva, que terminou recentemente, atesta isso. “Meu objetivo era puro e simples passatempo, já que minha intenção era trabalhar com moda. Mas acabei me envolvendo tanto com isso que pretendo seguir carreira como DJ”, garante.

Ela diz que o fato de trabalhar com os sentimentos do público f,ez com que se interessasse cada vez mais em comandar o som. “Sempre fui apaixonada por música. Percebi que poderia mexer com a emoção do público por meio da discotecagem. Gostei muito de lidar com essa situação e pretendo me aperfeiçoar cada vez mais como DJ, inclusive trabalhando com produção musical. Deve ser muito legal ver as pessoas se divertindo com uma música que você criou.”