Uma babá quase perfeita

tv51.jpgDepois de Casa dos Artistas e de O Grande Perdedor, um novo ?reality show? está sendo formatado para entrar na grade de programação do SBT. A data ainda não foi definida, mas no próximo verão estréia Supernanny, programa adquirido junto à produtora britânica Ricochet e exibido por lá no Channel 4. Além da Grã-Bretanha, a produção já chegou a outros sete países europeus e mais Estados Unidos e Austrália. Para o produtor da fórmula original no Reino Unido, Edward Levan, o formato tem tudo para ser um sucesso também no Brasil. ?Não apenas é engraçado de assistir como é cheio de conselhos úteis para os pais e é um programa muito emocionante?, garante.

A fórmula do programa é simples. Uma profissional com formação em pedagogia ou psicologia que ainda não foi selecionada irá entrar, durante uma semana, no seio de uma família. O pré-requisito é que seja um casal com dois filhos com idades entre dois e nove anos e que pelo menos uma das crianças tenha algum distúrbio de comportamento. A profissional, então, tentará ajudar a família a solucionar os problemas com as crianças. ?Primeiro a ?nanny? irá apenas observar. Depois ela irá apontar para os pais as causas dos problemas e traçar um plano de ação?, explica Ricardo Perez, diretor da versão brasileira do programa.

Para dar vida ao novo ?reality show?, a produção do SBT já está selecionando a profissional que será a ?nanny? em questão. Essa pessoa deverá ser mais do que uma babá ou governanta, como poderia sugerir uma tradução literal do título original que, aliás, será mantido em inglês, por falta de uma expressão que traduza com exatidão a função da ?supernanny?. No entanto, o perfil dessa profissional é o de alguém que tenha pelo menos dez anos de experiência com crianças e que, em pouco tempo, possa dar conselhos que ajudem uma família que tenha filhos com problemas leves de comportamento. ?São famílias com crianças que, por exemplo, não gostem de ir para a escola, de comer ou de tomar banho. São problemas pontuais?, define a psicóloga Lana Harari, que está prestando consultoria para a produção do programa.

A opção por crianças com problemas comportamentais considerados leves tem um motivo. Com apenas uma semana de interação com a família, nenhuma profissional poderia resolver problemas que, por exemplo, envolvessem drogas ou agressão física na família. Mas situações como as de crianças que não dormem na hora certa ou se recusam a cumprir seus deveres podem ser amenizadas. Edward Levan assegura que, nos países onde foi exibido, o programa conseguiu boa audiência e bons resultados com as famílias. ?Apresentou respostas positivas em todas as famílias que fizeram parte. Eu trabalhei com onze famílias e em todas pude ver bons resultados?, conta.

Real   

Além de terem filhos ?apimentados?, as famílias que participarão do programa serão de classe média ou alta, por uma questão de espaço para que o programa seja filmado, já que será todo nos locais freqüentados pela família. Durante oito horas por dia, por uma semana, a ?nanny? e mais uma equipe de oito pessoas ?invadirão? o ambiente familiar. ?O foco é na casa mas, dependendo do problema da criança, nós poderemos filmar na escola ou em um shopping?, esclarece Ricardo Perez, ressaltando que não serão usados estúdios ou locações artificiais.

O Supernanny brasileiro terá inicialmente 13 programas, sempre com uma família diferente, mas a mesma ?nanny? e sem a figura de um apresentador. Mesmo sendo filmado ao longo da semana, será exibido, provavelmente, nas noites de sábado, em uma edição de cerca de uma hora. Para a psicóloga Lana Harari, a fórmula tem tudo para funcionar, uma vez que mistura entretenimento para toda a família e dicas realmente úteis. ?A família mudou e os pais, hoje, não têm mais fórmulas para educar os filhos. Eu achei ótima essa divulgação, porque nem todo mundo percebe que precisa de ajuda?, avalia.

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