Felipe Folgosi enfrenta dificuldades típicas de quem nunca antes atuou numa produção de época. O ator não nega que sempre teve um certo fascínio pela postura formal e o linguajar rebuscado, próprios dessas produções. Mas foi o caráter de Bernardo, seu personagem em Os ricos também choram, que o fez aceitar o convite do SBT. "A personalidade dele me atraiu por ser super-romântico e pude variar do meu último, um ‘personal trainer’", pondera, se referindo ao Rico de Começar de novo, na Globo. Além de compor o triângulo amoroso da trama, Bernardo também é um político na agitada São Paulo dos anos 30, o que leva o ator a se envolver com acontecimentos marcantes da política brasileira. "Não me considero um alienado político, pois procuro participar e me informar na medida do possível", avalia.

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O Bernardo de Os ricos também choram é o segundo grande papel de Felipe na tevê. O primeiro foi Alef, um paranormal em Olho no Olho, em 1993, quando tinha apenas 18 anos. "Tinha feito a minissérie Sex Appeal e cai na novela como principal. Aquilo foi muito para mim, que tinha que ganhar mais experiência", desabafa. E foi no teatro que Felipe buscou essa experiência. Tanto que chegou a ficar mais de quatro anos em cartaz com a peça Qualquer Gato Vira-Lata Tem Uma Vida Sexual Mais Saudável Do Que A Nossa, de Juca de Oliveira.

Nome: Luiz Felipe de Andrade Folgosi.

Nascimento: Em 18 de maio de 1974, na cidade de São Paulo.

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Primeiro trabalho na TV: Um comercial da Kibon, aos 13 anos.

Momento marcante: "Tenho dois: ter estreado em Sex Appeal e ter sido dirigido por Bibi Ferreira em Gato Vira-lata’".

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Ator: Jonas Bloch.

Atriz: Françoise Forton.

Personagem dos sonhos: Michael Corleone, de O Poderoso Chefão. "Apesar de ser um papel contemporâneo, parece ser tirado de uma tragédia grega".

A que gosta de assistir na tevê: "Gosto de assistir a canais de documentários".

A que nunca assistiria: "Geralmente programas de auditório não me atraem".

O que gostaria que fosse reprisado: "Coberturas jornalísticas como as das ‘Diretas Já’, por ter sido um momento histórico que muita gente não viveu".

O que falta na televisão: "Nas tevês abertas, falta documentários e programas culturais".

Livro de cabeceira: A Era dos Extremos, de Eric Hobsbawn.

Vídeo de cabeceira: "Vi Penetras Bons de Bico no cinema e gostei muito".

Mania: Lavar as mãos.

Medo: "Tenho medo do Maluf".

Arrependimento: "De não ter viajado tanto".

Projetos: "Produzir uma peça de minha autoria, pois já escrevi algumas".