Hoje completa-se 25 anos da morte do maior ícone pop mundial. No dia 16 de agosto de 1977, falecia Elvis Presley, vítima de uma insuficiência cardíaca respiratória motivada por um final de vida repleto de excessos. De drogas, de álcool, de remédios e também de comida. Excessos que fizeram do ídolo, em seus últimos dias, uma versão decadente e caricata de si mesmo. Apesar do desfecho trágico, a imagem de Elvis que ainda permanece é a do jovem branco de Memphis, que ganhou sucesso ao personalizar o estilo de cantar e de dançar dos negros americanos.
A mistura acelerada de blues e funk criada por Elvis, deu origem a tudo que hoje chamamos de rock and roll. Sua carreira serviu de escola para os Beatles, para os Rolling Stones e para praticamente todos os artistas subseqüentes. Em clássicos como It?s Now Or Never, Tutti-Frutti e Love Me Tender, Elvis consolidou a imagem do jovem rebelde, solitário, independente que tantou agradou as meninas da década de 50 e que continua a agradar hoje em dia. O duo música e atitude faz com que, vinte e cinco anos após sua morte, Elvis continue a ser um sucesso comercial inigualável. Mais de um bilhão de cópias do artista já foram vendidas. Nas últimas semanas o remix da canção A Little Less Conversation, feita pelo DJ holandês JXL, alcançou as rádios de todo mundo, chegando ao topo das paradas inglesas. Foi o 18.ª single do artista a alcançar a marca.
Fãs
Diante de tamanha importância, não é difícil encontrar fãs de Elvis. Anacrônicos ou não, eles ajudam a aumentar as cifras milionárias que giram em torno do cantor. Renate Úrsula, de 49 anos, fundou, em 1979, um dos primeiros fãs-clubes do artista no Brasil, o Elvis Presley?s Kingdom. É dela também o primeiro site brasileiro sobre Elvis (www4.sul.com.br/epkingd/epk). ?Sou fã dele desde criança. Vou ser fã para sempre?, diz a secretária bilíngüe que é dona de mais de 400 LPs do astro.
O gosto pelas músicas e pelo estilo de Elvis fez o advogado Vicente Ganter de Moraes, de 39 anos, montar uma banda para interpretar as canções do ídolo na juventude. A Banda do Dia tinha no repertório vários sucessos do astro. Vicente era o vocalista e buscava na performance do palco uma forma de homenagear o ídolo. ?Usava as roupas dele, o óculos dele e tentava dançar como ele?, lembra. O grupo acabou, mas, quando pode, Vicente mata saudades nos karaokês da cidade. ?Canto só de vez em quando. Hoje em dia sou apenas um fã e ouvinte?.
Mas há aqueles que não se limitam a comprar os discos e cantar as músicas do ídolo em casa. Nélson Rebello, o famoso Oil Men, resolveu gravar um disco interpretando cinco músicas de Elvis. ?Sempre gostei dele e não canto mal?, diz. O ciclista mais famoso de Curitiba recebeu, inclusive a aprovação do quinteto onze e meia. Em uma apresentação do apresentador Jô Soares em Curitiba, o Oil Man cantou It?s Now or Never acompanhado pelo famoso quinteto. ?O tomate (guitarrista) achou que eu não iria cantar nos tons certos. Depois ele teve de admitir que eu me saí muito bem?. Apesar do talento, Nélson explica que não pretende seguir uma carreira artística. Seu negócio é mesmo andar pela cidade de bicicleta. O CD, segundo ele, é mais meio de divulgar a marca Oil Man.
It’s now or never
Estréia hoje a peça Amores & Canções, que fica em cartaz no Auditório Antônio Carlos Kraide/Centro Cultural Portão até dia 25, levando ao palco uma homenagem ao ídolo Elvis Presley. A história, tem início nos anos 30 e chega aos anos 90, contando história de amor e desencontro de casais. Elvis é homenageado na cena que se passa na década de 40, quando uma desilusão amorosa é pontuada com a música It’s Now or Never.
Escrita por Patrícia Kammis e dirigida por David Mafra, a peça resulta dos cursos de teatro do Liceu Marina Machado. Não se trata de um musical, mas a música acontece do começo (com um tango) ao fim, quando o amor via internet entra em cena.
Estréia às 21h de hoje amanhã e domingo às 18h30 e 21h.