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A animação brasileira conta a aventura vivida por três crianças, o Cósmico, a Luna e o Maninho. |
Muitas pessoas já devem ter pensado em viver em um mundo isolado, muito diferente daquele em que está vivendo, longe de problemas, compromissos, desafetos, cumprimento de horários. E talvez, no futuro, seja possível a criação destes mundos diversos, onde seja possível viver realidades diferentes por poucos momentos, dias, ou até anos. Esta possibilidade insólita foi criada para a animação Garoto Cósmico, filme lançado em Curitiba na semana passada. A fábula se passa com três crianças (o Cósmico, a Luna e o Maninho) que vivem no ?Mundo das regras? e passam a viver no ?Mundo do circo?, uma experiência muito diferente. Esta história tem até direito a pouso em um planeta em forma de mexerica. Uma grande aventura que convida à reflexão de crianças e adultos.
O diretor do filme, Alê Abreu, diz que não se trata de dizer o que é bom ou ruim, certo ou errado para as crianças, mas de mostrar como a vida está dividida em ?diversos mundos?. Abreu diz ainda que a história traz elementos de liberdade e simplicidade, e a mensagem de que cada um pode escolher o seu próprio caminho, que não existe apenas uma linha reta a seguir. ?O filme tenta mostrar o mundo polarizado. Tentei trazer o elemento mais estranho possível à maioria das crianças de hoje, que é o circo, para contar que elas estão acostumadas a tudo muito automatizado?, diz ele. Depois que as crianças estão encantadas ou até mesmo surpresas como o circo, o Capitão Programação as convida a voltar ao mundo real e a decisão fica na mão delas.
Garoto Cósmico foi feito em sete anos, em São Paulo, e é a única animação brasileira prevista para estrear esse ano. Abreu conta que o retorno está sendo satisfatório. ?Muitas pessoas saem chorando do cinema. Gosto quando a pessoa odeia ou adora um trabalho. É o que está acontecendo com Garoto Cósmico?, comenta. Destaque para a trilha sonora, que conta com Vanessa da Matta, Belchior e Arnaldo Antunes. As vozes dos personagens são feitas não só por Belchior, também pelo ator Raul Cortez, que faz o Gira Mundos. Alê Abreu começou a trabalhar na área com 13 anos de idade. Com 17, ele dirigiu o curta Sírius. Em 1998, ele trabalhou em Espantalho (melhor filme no Anima Mundi de 1998, entre outros doze prêmios). Depois de Garoto Cósmico, Abreu trabalha no filme Canto Latino, que será uma adaptação de um diário de viagem pela América Latina.