Sozinho, um menino viveu nas ruas de Moscou entre os quatro e os seis anos. Nesse meio tempo, sua única companhia era um bando de cães, que o acompanhava aonde quer que ele fosse. A história é verídica e foi nela que a britânica Hatie Naylor se inspirou para escrever a peça Ivan e os Cachorros. Em entrevista à reportagem, a dramaturga falou sobre seu processo para criar a obra, que foi concebida originalmente para o rádio. Depois de ser transmitido pela BBC, o texto chegou aos palcos de Londres, Nova York e, agora, merece uma versão brasileira, dirigida por Fernando Villar.
– Qual a diferença entre compor uma peça para o rádio e escrever para o teatro?
– Há muitas diferenças técnicas. Você tem que ser muito mais claro no rádio. Até porque é muito mais fácil perder algo se você está apenas ouvindo, sem ver. As cenas também podem ser muito mais curtas no rádio e começarem no meio, o que é mais difícil no teatro.
– Ivan e os Cachorros conquistou importantes prêmios. Qual é, na sua opinião, a causa dessa boa acolhida?
– Acho que é a história que ressoa. Todos nós imaginamos uma comunhão possível entre homens e animais. E Ivan conquistou justamente isso.
– Na peça, você se vale de uma história verídica como inspiração. O que a levou a eleger esse episódio como tema?
– Muitas razões, mas talvez o principal motivo seja a experiência do selvagem em uma paisagem urbana. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
IVAN E OS CACHORROS – Cultura Inglesa. R. Dep. Lacerda Franco, 333. 3814-0100. Sáb. e dom.: 20h30. Ingr.: R$ 20. Até 1º/4