O diretor Maurício Vogue. |
O Guaíra 2 (G2) Companhia de Dança apresenta no dia 1.º de novembro, às 21 h, o espetáculo contemporâneo Um dia fora do tempo. A peça empresta o conceito do surrealismo, da teoria quântica e do caos para compor um cenário que retrata nosso cotidiano dentro dessa dualidade que é o concreto e o absurdo. Com a participação de todos os integrantes do G2 e mais quatro artistas convidados, a peça é conduzida pelo diretor teatral, ator e autor Maurício Vogue.
Um dia fora do tempo nasce num momento em que as pessoas são bombardeadas por informações que sequer conseguem assimilar. Segundo o diretor Maurício Vogue, ?a arte que se representa em Um dia fora do tempo se concentra menos na realidade visual externa, e mais na visão interna. Como disse Picasso, ?não o que se vê, mas o que você sabe que está lá?. Seja no trabalho, andando pela rua, assistindo TV ou navegando na internet, caminhamos para um andar e desandar de idéias, pensamentos e sentimentos; mas ainda é preciso viver dentro desta instabilidade que se impõe e continuar nossa busca pela felicidade?.
Durante o espetáculo, os textos, os momentos corporais, os sons, todo o conjunto expressa um percorrer ao imaginário, um sucumbir ao ilusório. Para atingir esse resultado, os artistas colocam em cena todo o seu conhecimento e amadurecimento profissional, trabalhando o inesperado, aquilo que nos tira do lugar emocionalmente e corporalmente.
Já no início do espetáculo, o público será levado a sair do seu habitual. A entrada incomum pelos fundos do Guairinha dará às pessoas a impressão de estarem desconectadas da realidade. Depois elas passarão pelos camarins, pelo cenário, até chegar em seus lugares.
Em Um dia fora do tempo, cenas da vida real aparecem sutilmente, de forma rápida; são exposições que trazem o público a situações ilógicas, surreais. Percebe-se um olhar crítico com traços de humor consciente. Os vários links entre uma cena e outra levarão o espectador a conclusões, interpretações e reflexões.
A preparação
Por meio da concriação (criação coletiva), o diretor Maurício Vogue levou o grupo a repensar o formato, o tema e toda a estrutura do espetáculo. Nos primeiros encontros, buscou-se na palavra ?comemoração? todos os argumentos para a formatação da peça.
As reuniões, debates, incluíram temas como surrealismo, teoria quântica, inconsciente, caos, metáfora, realidade e propostas de estudos de nomes como Samuel Beckett, inspirações com o artista plástico Egon Schiller, Salvador Dalí e Magritte.
Informações e ingressos: (41)3304-7961.