Na próxima sexta-feira, o mundo estará novamente de luto. Há um ano foi anunciada a morte de Michael Jackson, o rei do Pop e um dos maiores ídolos da música e da dança nas últimas gerações. Os fãs ainda não acreditam na morte do ídolo.

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“Tenho 60% de convicção que o Michael não morreu. Foi tudo muito perfeito, anúncio da última turnê, demissão de funcionários, como se ele se despedisse de todos aos poucos”, afirma Jonathan Crociatti, 25 anos, dono de um fã clube e autor do livro Michael Jackson: 50 anos do ícone do Pop, publicado pela Editora Planeta.

Ele compara a morte de Michael com a morte de Elvis Presley, que até hoje é uma dúvida para os verdadeiros fãs. Jonathan foi porta voz de Michael no Brasil por sete anos. Nesse período, acompanhou turnês, eventos sociais e os processos de abuso contra crianças, onde o réu era o cantor.

“A imprensa o criticou muito e não soube mostrar a quantidade de pessoas que ele ajudou durante toda a carreira. Só começaram a falar bem depois que disseram que ele morreu”, desabafa o escritor paulista.

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O livro foi escrito em um espaço de tempo muito reduzido, mas bateu recorde de vendas. Jonathan esteve em terceiro lugar na lista dos autores que mais vendem livros cerca de um mês após a morte de Michael.

Foram cinco dias de trabalho do autor sobre um extenso material colhido em cinco anos, para a venda de quase 30 mil livros. “Já tenho o segundo livro pronto, que tratará exclusivamente da turnê This is it. O livro mostra todo o preparativo da turnê, que não caberia em 1h30 de documentário”, conta.

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Michael se apresentou apenas duas vezes no Brasil. Quando era adolescente, em 1974, acompanhado dos irmãos no grupo Jackson Five, se apresentou em cinco capitais.

Em 1993 trouxe a apresentação da turnê Dangerous para o Estádio Morumbi, em São Paulo. Em outros momentos, veio gravar clipes e participar de entrevistas e projetos sociais. Mesmo com a aparente distância, ele mostrava uma relação de carinho com o País e cultivou o amor de diversos fãs.

Ainda pequeno, Jonathan viu Michael Jackson pela televisão e descobriu seu ídolo. “Pelo jeito que ele dançava e os efeitos especiais dos shows, tive ele como um super herói”, revela.

O mesmo aconteceu com Fabieli do Carmo da Silva, 27, ao ouvir a música We are the world quando tinha apenas quatro anos. “A música mexeu comigo de uma forma que ficou marcada na minha vida. Depois desse momento, fui acompanhando Michael em sua carreira, vida pessoal e músicas”, explica.

Fabieli fundou a ONG Amigos do Mundo em dezembro do ano passado para seguir o exemplo do cantor e ajudar as pessoas carentes, principalmente crianças. Também em 2009 ela criou um fã clube do cantor em Curitiba. “Temos ensaios, apresentações, reuniões frequentes. Já temos 50 integrantes”, conta.

A morte

Em 25 de junho do ano passado, o Instituto Médico Legal de Los Angeles, nos Estados Unidos, confirmou a morte de Michael Jackson depois de uma parada cardíaca. O médico responsável pelo artista, Conrad Muray, foi acusado de dar uma dose muito alta de analgésicos, capaz de ter causado a morte do cantor.

Acreditando ou não na morte do cantor, integrantes de fã clubes de todo o mundo realizarão atividades especiais nesta semana, para lembrar a morte do cantor. Em Curitiba, Fabieli diz que ainda não pode divulgar a ação de seu grupo.

“Só podemos adiantar que vamos dançar para ele, em praça pública”, conta. Jonathan garante que realizará eventos apenas em agosto. “Queremos celebrar a vida dele, e não a morte”, explica.