Se hoje bandas como Green Day e 30 Seconds to Mars passam lápis preto nos olhos sem medo de serem felizes, a culpa, em grande parte, é do Twisted Sister. Foram eles que, nos anos 80, tiveram coragem de passar base branca no rosto, pintar ao redor dos olhos e criar um novo estilo de se vestir, todo emplumado. No contexto da época, era contestador, extravagante. Mas o tempo passou. E, agora, Dee Snider (vocal), Eddie Ojeda (guitarra solo), Jay Jay French (guitarra base), Mark Mendoza (baixo) e A. J. Pero (bateria) são cinquentões. Não há mais nenhuma vontade de transgredir. A maquiagem que deu notoriedade à banda ficou para trás. De cara limpa e sem espalhafatos, o Twisted Sister se apresentará no Via Funchal, neste sábado.

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“Percebemos que nossos fãs não se importaram com o fato de não usarmos mais maquiagem. Foi algo que perdeu o sentido”, disse Ojeda. Para os integrantes do grupo, se apresentar sem aquela caracterização toda é uma bela economia de tempo. Mais ainda para o vocalista Snider, que ficava até uma hora e meia diante do espelho, se produzindo para o show. “Todos estamos um pouco velhos (risos)”.

Ao menos as vastas cabeleiras dos integrantes da banda continuam, mesmo que de forma contida. Ao lado de grupos como Iron Maiden e Mötley Crüe, o Twisted Sister foi responsável por inventar uma nova tendência na moda musical: o hair rock. A figura de Snider e sua vasta cabeleira loira marcou uma época.

Não é preciso forçar a memória para lembrar que o Twisted Sister esteve no Brasil no ano passado. Eles tocaram no mesmo Via Funchal, no fim de outubro de 2009. “Hoje, nós tocamos onde nos querem. E nos chamaram de volta ao Brasil”, diz o guitarrista. A banda, que voltou à ativa em 1999, 11 anos depois de ter dado um tempo, faz agora uma média de 40 shows por ano, no máximo.

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Na turnê pela América Latina, eles também tocarão em Curitiba (amanhã) e depois na Argentina (28), Chile (1/12) e Bolívia (2/12). Apesar de o grupo ter abandonado o visual espalhafatoso, Ojeda garante que mantém a sua guitarra colorida, com círculos pintados de preto e rosa, como um alvo. “É minha marca registrada. Todos os grandes guitarristas têm a sua”. O apelido do músico – “fingers” (dedos) – mostra que ele, de fato, está no hall dos guitar heros. As informações são do Jornal da Tarde.

Twisted Sister – Sábado(27), às 22h. Via Funchal (R. Funchal, 65, Itaim Bibi). Tel. (011) 3846-2300. Preços: R$ 140 a R$ 250 (os ingressos para a pista premium estão esgotados).

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