Na última das 58 noites em que subiu ao palco na turnê Sticky & Sweet, domingo (21), no Morumbi, em São Paulo, a cantora Madonna pôde enfim se dar ao luxo de quebrar o protocolo. Chorou em cena após cantar You Must Love Me e trouxe ao palco um minibalé de dançarinos vestidos com saiotes feitos com a estampa da bandeira brasileira (antes, durante o set ‘hispânico’, uma bailarina flamenca também usou uma bandeira brasileira na saia).
Foram 116 horas cantando, dançando, pulando corda, “lutando” boxe, arrastando-se no palco de gatinhas, beijando bailarinas de véu e grinalda. Em nota postada ontem no seu site oficial, Madonna fez as contas de sua turnê: foram 2.350.282 pessoas em 58 shows, com US$ 280 milhões vendidos em tickets (venderam-se 650 mil entradas nos 11 shows da América do Sul).
“Madonna mais uma vez demonstrou seu verdadeiro apelo global como live performer, seja em estádios ou arenas. Esta não somente será a turnê de um artista-solo que mais vendeu em todos os tempos, uma artista mulher, superando seu próprio recorde anterior, mas vai posicioná-la como uma das artistas que mais venderam em todos os tempos”, disse Arthur Fogel, executivo-chefe da Live Nation para turnês globais. Chefão das turnês, Fogel estava no Brasil e elogiou a parceria com a empresa brasileira Time for Fun.
Madonna bateu vários recordes pelo mundo. Em Zurique, a Suíça assistiu ao seu recorde de público num concerto no campo militar de Dubendorf, visto por cerca de 72 mil pessoas. Em Londres, ela tocou para 74 mil pessoas, vendendo cerca de US$ 12 milhões em entradas, superando todas as marcas do velho e do novo estádio de Wembley. Em Nova York, nos quatro shows lotados do Madison Square Garden, ela se tornou recordista de aparições de um artista naquele local, cerca de 23 shows totalmente lotados desde 2001.
Na última noite, Madonna comportou-se como se estivesse mesmo entrando em férias. Elogiou os técnicos, bailarinos e pessoal da iluminação. Falou do seu amor pelas suas “três crianças”, os filhos Lourdes María, David Banda e Rocco, que estavam, segundo ela, assistindo ao show. “Eles significam o mundo para mim”, afirmou. “Eu me sinto a garota mais sortuda e cansada do mundo”, falou. “São Paulo é um belo lugar para se terminar a turnê”, considerou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.