Guitarra, baixo e bateria. Os barbudos sessentões Billy Gibbons, Dusty Hill e Frank Beard, do trio texano de hard rock ZZ Top, formado em 1969, só precisaram desses três instrumentos para se tornarem uma espécie de lenda no meio musical. Agora, a banda se apresenta pela primeira vez na América Latina, em shows em Santiago, no Chile; Buenos Aires, na Argentina, e em Porto Alegre e São Paulo. Na capital paulista, eles farão dois shows: hoje e amanhã, no Via Funchal. No repertório, não faltarão as canções com letras satíricas, a maioria delas falando de bebidas, mulher, carros e do Texas, como, por exemplo, “La Grange”, “Tush” e “Got Me Under Pressure”.

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Em entrevista ao Jornal da Tarde, o vocalista e guitarrista Billy Gibbons brincou, dizendo que eles usam barba grande por tanto tempo que não reconheceria mais seu companheiro de banda, Dusty Hill, sem os pêlos no rosto. A exceção é o baterista, Frank Beard, que a mantém aparada. “Bem no começo da banda, quando os uísques eram poucos, eu vi Dusty sem barba, mas não por muito tempo”, conta Gibbons. Eles levam a barba tão a sério que, em 1984, recusaram US$ 1 milhão para aparecerem de barba feita num comercial da Gillette. “Sempre nos perguntam quanto seria necessário para cortarmos a barba. A realidade é que a ideia de nos contemplar com a barba feita é assustadora demais para ser concebida”, diz.

A respeito da demora em virem ao Brasil para o primeiro show, Gibbons tem uma resposta na ponta da língua: “Demoramos porque queríamos ter certeza de que teríamos as músicas bem construídas, para trazermos o melhor show possível. Estamos há uns 40 anos ou mais ajustando os detalhes para o show no Brasil. Agora, estamos prontos!”. Da música nacional, no entanto, eles conhecem pouco, mas citam Os Mutantes. “Adoramos trios musicais”, declara o roqueiro. Enquanto isso, no Texas, a adoração pelo ZZ Top é tanta que, quando era o governador do Estado, George W. Bush criou o Dia do ZZ Top. “Foi uma ótima surpresa e certamente uma grande honra para nós”, conta Billy Gibbons.

Coerentes com sua filosofia de vida, que inclui aí mulher, rock, cerveja e carros, os integrantes da banda também já receberam diversas homenagens ao redor do mundo neste sentido. Gibbons é colecionador de carros e motos. Em sua coleção, possui modelos exclusivos modificados para homenagear a banda. É o caso do The Eliminator, um Ford-3, Hot Rod, de 1933, e também do CadZZilla, feito em cima de um Cadillac, ano 1948. No Brasil, a banda também será presenteada com um carro. No caso, o modelo será um ZZ Cruiser, um Chrysler PT Cruiser customizado, que leva a assinatura do piloto Emerson Fittipaldi e estará exposto no saguão do Via Funchal. “Já estamos sabendo desse presente e iremos preparar uma guitarra customizada para o Fittipaldi”, avisa Gibbons. As informações são do Jornal da Tarde.

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ZZ Top. Hoje e a amanhã, às 22h. Via Funchal (Rua Funchal, 65). De R$ 200 a R$ 300. Tel. (011) 2144-5444. 12 anos. www.viafunchal.com.br.