Quem gosta de música eletrônica terá uma oportunidade única para ouvir e dançar sob o comando de artistas internacionais renomados. Tudo isto estará na festa Tribe, que acontece em Curitiba no próximo sábado, dia 18, na Fazenda Heimari. Além da super decoração feita pelo americano Alex Grey, são 15 horas de diferentes estilos de música eletrônica em dois palcos especiais. Este é um dos grandes eventos que tem atraído multidões que curtem este tipo de música, um dos segmentos artísticos que estão passando por consolidação no País.
Tribe é uma das principais festas de música eletrônica do Brasil, sendo realizada há oito anos em São Paulo. O sucesso foi tanto que uma turnê nacional foi programada para levar a mesma experiência para outros locais. Este é o terceiro ano que a turnê passa por Curitiba. A organização do evento na cidade, que tem apoio do Grupo Paulo Pimentel (GPP), espera reunir 12 mil pessoas.
Este mercado vem passando por uma amadurecimento no País, segundo Carlos Civitate Junior, o Jeje, um dos organizadores da Tribe em Curitiba e que também vai tocar na festa. “A música eletrônica teve um boom grande nos últimos anos. Hoje, está mais selecionado. É menor a quantidade de festas, mas são as melhores”, comenta.
O produtor Renan Zeppini, que tem o projeto musical Gamma, conta que hoje o público vai para festas como estas com o objetivo de viver uma experiência e de acompanhar um espetáculo audiovisual. “Faço ainda um live no formato In Concert, com o Gamma Live Action, unindo diferentes vertentes da música”, afirma Zeppini, que utiliza em suas performances os instrumentos Metalofone (xilofone de metal que, aliado aos efeitos, atinge diferentes timbres) e Theremin (que não precisa de contato físico para ser tocado). “Isso causa um resultado bacana, um espetáculo audiovisual, que o público tem apreciado bastante”, relata.
Ele também tocaria na Tribe em Curitiba, mas por outros compromissos profissionais, Zeppini não vai participar desta edição. A Tribe, com diversos artistas top internacionais, vai atrair também fãs de Santa Catarina e do interior do Paraná. “Todos vão poder acompanhar duas opções de palco, ao mesmo tempo, com uma decoração diferente feita pelo artista Alex Grey”, ressalta Jeje. Após a edição de Curitiba, a Tribe vai para São Paulo, no dia 20 de dezembro.
Os ingressos custam a partir de R$ 50 reais mais um quilo de alimento. Em Curitiba, os pontos de venda são as lojas Psico (Omar Shopping) e Back Wash (Shoppings Mueller, Curitiba, Palladium, Polo XV, Total, Itália, Omar, Jardim das Américas e na Rua XV de Novembro). A venda também é realizada em São José dos Pinhais, Cascavel, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Maringá e Londrina, além de nove cidades em Santa Catarina e pelo site www.aloingressos.com.br.
Divulgação |
---|
![]() |
O DJ King Roc é uma das atrações internacionais da festa. |
O local da festa, a Fazenda Heimari, fica próximo a BR-277, sentido Paranaguá. O mapa está disponível no site www.tribe.art.br, que também oferece mais informações sobre a festa, a turnê, galeria de fotos, vídeos, promoções e orientações sobre o que pode ou não levar para dentro da festa. A censura é de 18 anos (necessário apresentar documento de identidade original).
Bate-papo
Um dos ilustres convidados da Tribe deste ano é o DJ inglês King Roc. Roc explodiu no electro house em 2002 e de lá pra cá tem const,ruído uma impressionante e louvável carreira de remixes de altíssimo nível, além das produções solo que se tornaram clássicos do electro underground.
P: Você é de Londres, como é a cena electro house por lá?
R: Para ser sincero, a palavra electro-house não soa legal na Europa. O que rola muito é o deep house com influência de sons old school. Eu não saio muito em Londres, pois estou sempre viajando, mas há alguns eventos bons como o Secretsundaze, focado no deep house e techno.
P: Quais suas referências no passado e atualmente? Fora a e-music quem ou o que são suas maiores inspirações?
R: Bom, meu background é originariamente punk e rock e ainda escuto muito isso quando uso meu iPod. Não escuto muito eletrônico quando estou fora dos clubs e estúdio, gosto de dar um tempo destes sons pois em casa não há o mesmo impacto, portanto prefiro sons mais inspiradores Bloc Party, The Verve, U2 e coisas assim.
P: Toca algum instrumento?
R: Tocava guitarra e um pouco de bass e piano, mas não tenho base suficiente para tocar nos palcos ainda, precisaria de mais conhecimentos para chegar num nível decente.
P: Você já lançou muitos EPs e o álbum? Quando sai?
R: Estou finalizando o álbum, tenho oito tracks prontas devo finalizar em setembro para lançar no início de 2009.
P: Quais eventos e clubs você prefere tocar?
R: Minhas melhores gigs deste ano foram no Brasil, uma das razões de eu amar este país e de estar voltando, a Tribe julho foi incrível e o Deputamadre em Belo Horizonte foi ótimo. Também gostei muito da D.Edge em São Paulo e o Confraria em Florianópolis.
P: Quais países você tocará neste semestre?
R: Estou indo para Berlim e depois fico no Brasil até o natal, depois retorno à Alemanha e sigo para Rússia, Reino Unido, Austrália e Ásia.
P: No seu myspace você diz que está preparando uma nova performance para 2009, veremos algo deste novo show na Tribe?
R: Acabei de finalizar meu álbum e meu novo live, então já apresentarei um show inédito!
