Carnaval

Tranquilidade marca primeiro dia da folia de Salvador

Depois de anunciar investimentos inéditos na folia soteropolitana, a Secretaria da Segurança Pública da Bahia comemora o balanço dos primeiros índices de violência nos circuitos da festa. De acordo com o levantamento oficial, o primeiro dia do carnaval em Salvador teve 123 ocorrências policiais registradas nos três circuitos – 18,5% a menos do que no primeiro dia da folia do ano passado. No cômputo geral do carnaval de 2008, o número de registros já havia sido 21% menor do que em 2007.

A maior parte das ocorrências registradas no primeiro dia foi de furtos (67), seguidos de lesões corporais, resultantes de brigas (15). Três pessoas foram presas em flagrante. Uma arma de fogo foi apreendida no Circuito Dodô (Barra-Ondina). “O que chama a atenção foi que não houve nenhuma queixa relativa a tentativa de homicídio”, afirmou o secretário da Segurança Pública, César Nunes. “Fizemos investimentos importantes, todos os equipamentos estão funcionando corretamente. “Esperamos que a tranquilidade seja a principal marca deste carnaval.”

A SSP dispõe, este ano, de 117 câmeras de vigilância espalhadas pelos circuitos, do maior contingente policial de todos os tempos na folia soteropolitana – 20 mil pessoas, ante 17 mil no ano passado -, de smartphones equipados com GPS distribuídos entre os policiais e de 200 armas não-letais, que causam choques paralisantes nos suspeitos, para tentar controlar a multidão nas ruas de Salvador.

Além disso, foram montadas cinco centrais de flagrantes (foram duas no ano passado), para que os policiais não tenham de deixar os circuitos durante a festa, postos elevados e 25 postos avançados da Polícia Civil. Os investimentos do governo em segurança chegam a R$ 21,5 milhões. Ano passado, foram de R$ 17 milhões.

Na madrugada deste sábado (21) porém, o Circuito Dodô foi palco da primeira grande briga entre foliões no carnaval. Ela ocorreu no início da apresentação do grupo Fantasmão, perto do Farol da Barra. A banda ficou conhecida, no cenário musical local, por inserir letras de protesto social ao ritmo que ficou conhecido como “pagode baiano” – que teve no É o Tchan o grande precursor, na década de 1990. A pancadaria foi registrada pelas câmeras de vigilância e a polícia espera usar as imagens para identificar os responsáveis pelo tumulto.

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