É o País das generalizações. Sociólogos de araque condenam a paixão do brasileiro pelo futebol e dizem que o País, trocando as mãos pelos pés, ou colocando nos pés a sua identidade, desenha para si mesmo um futuro limitado. Ah, por que não adotamos o beisebol? Nossa vida seria outra… Críticos de araque também sentenciam que Michael Bay faz filmes – Transformers 4/A Era da Extinção – para adultos com alma de moleque. O primeiro terço é eletrizante, incluindo toda a cena em que Optimus Prime reencontra os Autobots que se esconderam em Monument Valley, um território sagrado do cinema, onde John Ford filmou seu grandes westerns.

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Michael Bay está no Brasil com parte de seu elenco, Nicola Peltz e Jack Reynor.

Ele mostrou o filme quarta-feira, 16, à noite no Lagoon, o complexo de cinemas cuja área de alimentação dá vista para um dos cenários de cartão postal do Rio.

‘It’s a gorgeous city’, é uma linda cidade, disse, e acrescentou que fez questão de incluir o Rio na turnê mundial de lançamento de Transformers 4. Ele já esteve aqui lançando Transformers 3 – O Lado Escuro da Lua.

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Nicola é filha de bilionário e faz cinema pela diversão. Michael Bay exibiu-a à plateia da sala 4 do Lagoon como um raro troféu. “Não é deslumbrante?”, perguntou, enquanto rodopiava a garota, que é um assombro na tela, mas ao vivo é meio ‘reta’. Magrinha, não tem seios nem bumbum, mais para top model do que para estrela voluptuosa. Bay anunciou que Transformers inicia uma nova trilogia da série. Cerca de 4 mil pessoas participaram do processo para fazer o filme. “É muita gente”, ele disse. Nos EUA, Transformers 4 teve a maior abertura do ano. No Brasil, a partir desta quinta, 17, estreia com cerca de metade do circuito. OK, é demais. Tudo é over em Michael Bay, até, ou principalmente, essa ocupação maciça do mercado. A nova trilogia muda o foco. Sai Shia Labeouf, o adolescente da primeira série, e entra Mark Wahlberg como Code Yager. Inventor de bugigangas – daí o lado moleque -, ele é pai de Nicola e se preocupa tanto com a sorte de Optimus Prime – que inicia o filme como um velho caminhão estacionado no interior de um cinema – quanto com a filhona. Para ele um eterno bebê, ela arranjou um namorado piloto – Duane.

Ao apresentar o garanhão, Michael Bay teve sua maior surpresa da noite. Depois de rodopiar a bela Nicola, ele pediu aplausos para Reynor. A ovação foi maior. “Gostoso!”, veio o grito da plateia. “What did he say”, O que ele disse? “Hot!”, foi a tradução. E foi voz de homem, perguntou Bay? A diversidade deu o tom da pré-estreia, que lotou as salas do complexo e terminou com outra ovação – para o diretor, mas ele não estava mais no Lagoon.

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