O músico e escritor Tony Bellotto vem a capital paranaense para fazer um bate-papo com o público e autografar seu novo livro, intitulado Bellini e os espíritos. O evento acontece amanhã, às 19h, na Livrarias Curitiba Megastore do Shopping Estação. A entrada é franca. Para escrever seu quarto romance, que levou 30 meses para ficar pronto, o autor falou com diversos policiais sobre o funcionamento da máfia chinesa em São Paulo e consultou médicos para saber qual é a melhor maneira de envenenar uma pessoa durante uma corrida de longa distância. De quebra, ganhou uma inesperada dica sobre o jeito mais conveniente de se suicidar. Porém, a revelação vai ser mostrada apenas no desenrolar da história.
Temática
O enredo começa quando um envelope é deixado anonimamente sob a porta da Agência Lobo de Detetives. Contratado por esse cliente fantasmagórico, Remo Bellini interrompe suas férias para descobrir as causas da morte do advogado Arlindo Galvet, morto durante a corrida de São Silvestre. Perigosamente dividido entre aventuras amorosas e confusões envolvendo a máfia chinesa, Bellini avança na investigação e consegue prender a atenção do leitor com detalhes e suposições questionáveis.
Com perseguições pelo bairro da Liberdade – região oriental de São Paulo – e visitas a um centro espírita, o detetive começa a admitir que forças de outro mundo podem lhe ajudar a esclarecer a morte do advogado.
O personagem
Morador solitário em um apartamento na região da Avenida Paulista, Bellini não faz o tipo durão, porém, é mal-humorado, cético e levemente depressivo. Pouco metódico, cultiva manias curiosas como a de só ouvir blues e de comer sempre no Luar de Agosto, boteco próximo à sua casa.
Segundo Bellotto, a definição para o personagem baseia-se na tradição dos romances dos detetives norte-americanos Dashiel Hammett e Raymond Chandler. ?O sujeito é de moral duvidosa, um pouco fracassado e cafajeste. Ele também foi baseado nos romances de Rubem Fonseca e do Sérgio Sant?Anna?, finaliza o escritor.