Tomie Ohtake respondeu com uma frase assim que soube do filho Ricardo que sua obra teria sido consumida pelas chamas do Memorial da América Latina, na sexta-feira (29). “Então, preciso começar a trabalhar.” Aos 100 anos, Tomie segue em atividade profissional surpreendente até para sua família. “Ela continua trabalhando como louca”, diz Ricardo.

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Ele conta que, no que depender de sua disposição, Tomie está a postos para começar a reconstituir a tapeçaria de 70 metros de comprimento por 10 metros de altura. A artista plástica tem o desenho guardado em seus arquivos, o que torna a reconstituição possível. A obra de Tomie foi encomendada pelo arquiteto Oscar Niemeyer em 1989, ano da inauguração do Memorial da América Latina.

Um ano depois, ela entregou o projeto, que foi colocado em boa parte das laterais da sala Simón Bolívar. Além de ser tapeçaria, material altamente inflamável, a peça ficava sobre um suporte de madeira. “Ela está a postos para refazer o que for preciso”, diz Ricardo.

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