“Galeria e cidade são diferentes. A obra para o público tem que ser mais bonita, ter cor”, disse Tomie Ohtake ao jornal O Estado de S.Paulo, em 2013, sobre uma vertente que tanto gostava, a criação de arte pública. Em sua trajetória, a artista realizou mais de 30 esculturas e painéis – na maior parte, em vermelho -, que podem ser vistos em diversas cidades, desde São Paulo, sua morada, até Tóquio, para onde concebeu uma grande forma do símbolo do infinito instalada desde 2012 no complexo Mori Building da capital de seu país natal.

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Uma produção intensa, é verdade, mas o monumental painel de 2004 que ocupa o hall interno do Auditório Ibirapuera, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, era a obra pública preferida da pintora e escultora, como ela mesma já afirmou. Na cidade, ainda, Tomie também orgulhava-se de As Quatro Estações, o belo conjunto de obras com pastilhas vitrificadas coloridas instalado em 1991 na estação Consolação do metrô.

A primeira realização em espaço público na carreira da artista data de 1984, quando criou um painel pintado para a empena de um prédio da paulistana Ladeira da Memória, no Anhangabaú. Desde então, ruas e edifícios de São Paulo e de localidades diversas, como Brasília, Ribeirão Preto, Curitiba e Belo Horizonte, abrigam peças de Tomie, que apenas lamentava-se, disse, de não ter um trabalho seu na Avenida Paulista.

Entretanto, outra avenida simbólica da metrópole paulistana, a 23 de Maio, na altura do Centro Cultural São Paulo, apresenta, desde 1988, quatro esculturas suas de concreto, cada uma delas tendo o interior pintado em cores diferentes. São criações da artista para serem apreciadas por espectadores em trânsito, assim como a peça de 9 metros de diâmetro que está abrigada na área de chegada do Aeroporto de Guarulhos.

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Ainda entre suas produções para os paulistanos, vale destacar a tapeçaria de 800 m² que Tomie havia realizado a pedido de Niemeyer para o auditório do Memorial da América Latina. Como uma grande pincelada rubro-amarela, a peça, da década de 1990, foi, infelizmente, danificada no incêndio que atingiu o local em 2013. Na época, a artista expressou sua vontade de refazer o painel.

Tomie colecionava as maquetes de suas obras públicas em seu ateliê por tanto gostar de concretizá-las. Importante também destacar uma outra importante obra da artista aberta a todos, a escultura vermelha de 60 toneladas na Praia de José Menino, em Santos. Peça que representa o movimento das ondas do mar foi inaugurada em 2008, com a presença do príncipe Naruhito do Japão pois tornou-se um símbolo das comemorações do centenário da imigração japonesa no Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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