Tom Wolfe foi quem produziu continua após a publicidade |
A Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro acaba de confirmar a presença de mais um autor de peso no cenário literário internacional. O polêmico e controverso ensaísta, ficcionista e jornalista americano Tom Wolfe acaba de confirmar presença no evento, que acontece de 12 a 22 de maio no Riocentro.
Esta é a primeira visita de Wolfe ao Brasil, que estará lançando na Bienal, pela editora Rocco, seu mais recente romance: Eu não sou Charlotte Simmons (2004). O livro já é um best-seller. Tem cerca de 700 páginas e fala sobre a vida num campus universitário, na ficcional Universidade Dupont, na Pennsylvania, relatando a entrada da brilhante e cândida Charlotte Simmons em um mundo hedonista, de muita bebida e sexo casual.
O escritor projetou-se profissionalmente no início dos anos 60 ao produzir um novo estilo de reportagem chamado new journalism, em que os textos jornalísticos ganham tratamento literário, como um romance. Contrariando a tradição jornalística, Wolfe adaptava técnicas literárias a fatos, dando-lhes visão mais humanitária. Trabalhou como repórter durante 10 anos para jornais como The Washinton Post durante seis meses foi correspondente em Cuba – e Herald Tribune e também para as revistas Esquire, Harper?s e New York Magazine, antigo suplemento dominical do Herald Tribune. Foi nessa época que Wolfe escreveu seu primeiro livro, The Kandy-Kolored Tangerine-Flake Streamline Baby uma coletânea de artigos escritos para o New York and Esquire, publicado em 1965. Tornou-se bestseller, seguido de outros dois, publicados em 1968: The Pump House Gang, composto de outros artigos sobre a vida nos anos sessenta, e The Electric Kool-Aid Acid Test, romance não-ficção da época hippie. Em 1970, Wolfe publicou Radical chique e o terror dos RPs, no auge do movimento Black Power em que relata como os novos rebeldes da época (negros ativistas e ambientalistas, entre outros) fizeram a cabeça dos novos-chiques nova-iorquinos.
Wolfe é autor de sucessos como o Novo jornalismo (1971), Os eleitos (1979), Emboscada no Fort Bragg (1996) e Um homem por inteiro (1998). Mas foi após a repercussão estrondosa de A fogueira das vaidades (1984), que ele se tornou mundialmente conhecido. O livro faz uma ácida crítica à sociedade nova-iorquina da época e foi um dos grandes best-sellers da década de 80, tendo inspirado o filme de mesmo nome com Tom Hanks, Bruce Willis e Malanie Griffith. Tom Wolfe foi criado em Richmond, Virginia. Jornalista, doutor em Estudos Americanos na Yale University, mora atualmente em Nova York com sua mulher Sheila, sua filha Alexandra e seu filho Tommy.