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Artista redefine visualmente Curitiba com 100 novas polaroides (in)visíveis.

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A intervenção urbana polaroides (in)visíveis, de Tom Lisboa, vem provando, desde 2005, que desconhece qualquer tipo de fronteira. A partir do dia 16 de outubro, na Galeria da Caixa, a exposição ?Polaroides (in)visíveis ? mapeando um novo olhar para Curitiba? comprova esta tese mostrando como esta intervenção é capaz de ocupar, simultaneamente, quatro espaços distintos ? o urbano, o virtual, o editorial e o de uma galeria.

O espaço urbano foi o ponto de partida. Nele, estas ?polaroides conceituais? de papel sulfite amarelo, que trazem um texto no lugar na imagem, revelam para quem lê, detalhes quase imperceptíveis do ambiente que o cerca. Durante quinze dias, no último mês de setembro, pontos de ônibus e orelhões de oito bairros de Curitiba receberam 100 novas polaroides (in)visíveis, que se juntaram às outras 18 feitas no centro, em 2005.

Só que, por serem fixadas com fita crepe, a duração destas obras no espaço urbano é efêmera. Pensando nisso, foram desenvolvidos outros dois espaços que possibilitam a continuidade da intervenção: o virtual e o editorial. Um site e um catálogo (transformado em guia de visitação das polaroides (in)visíveis) trazem todas as polaroides e seus locais exatos de colocação. Basta consultar um destes dois espaços, seguir o trajeto percorrido pelo artista e ver as imagens pela cidade. ?Neste caso, a publicação e o site não são meros registros documentais, mas a própria intervenção em potencial. Eles existem para serem utilizados, não apenas colecionados?, afirma Lisboa.

Por fim, o quarto espaço é a própria Galeria da Caixa, que reunirá pela primeira e última vez as 100 polaroides (in)visíveis criadas, divulgará o site da intervenção e distribuirá os guias de visitação. Em comum, todos os espaços dividem o mesmo conceito: nunca entregar imagens prontas para o espectador. Neste sentido, Tom Lisboa, que nunca fotografa as imagens que escreve em suas polaroides, conclui: ?Não revelar significa não impor um ponto de vista. A inexistência da imagem nos ajuda a refletir sobre seus próprios mecanismos de construção?.

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Tom Lisboa

Tom Lisboa é artista visual, mestre em comunicação e linguagens e professor/pesquisador de cinema. Atualmente sua produção está direcionada para as áreas de intervenção urbana, fotografia e vídeo-arte. Paralelamente, criou o Curso de Cultura Cinematográfica e o Cineclube Contramão, ambos voltados para o cinema independente e experimental.

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Além das polaroides (in)visíveis (2005), Tom Lisboa realizou outras quatro intervenções ?Ficções Urbanas? (2004), ?Projeto Cinematógrafo? (2006) e ?Cowtadinhas? (2006), esta última paralela à ?Cowparade?. (veja imagens destas intervenções em www.sinTOMnizado.com.br/tomlisboa)

Serviço:
?Polaroides (in)visíveis ? mapeando um novo olhar para Curitiba?, por Tom Lisboa. Abertura 16 de outubro, às 19h30. A exposição permanecerá aberta até o dia 11/11/07, de terça à quinta, das 10 às 19 horas e sexta à domingo, das 10 às 21 horas . A Galeria da Caixa fica na rua Conselheiro Laurindo, 280. Informações e visitas guiadas 2118-5114. Guia de Visitação On-line: www.sinTOMnizado.com.br/polaroidescaixa (disponível a partir de 16/10/07)