O ator Tom Cruise provou do churrasco, brincou na praia com a filha Suri, admirou o vôlei de areia e conheceu o samba até finalmente participar nesta terça-feira (3) do evento que o trouxe ao Brasil: o lançamento do filme Operação Valquíria. “Eu tinha muita vontade de ter mais contato com a cultura brasileira, que conhecia apenas por meio de filmes”, disse ele, em entrevista coletiva para cerca de 200 jornalistas, no Copacabana Palace. O filme estreia no País no dia 13.
O astro começou a entrevista dizendo que sua viagem ao Brasil foi “adorável, maravilhosa, inesquecível” tanto para ele, quanto para a mulher Kate Holmes e a filha Suri que, contou, chegou a brincar com os moradores em Angra do Reis. O ator disse ainda que, ao ver as pessoas jogando vôlei de praia, teve vontade de jogar também. “Um dia vou voltar para fazer isso.” Embora parecesse sua primeira vez no País, Cruise conheceu a Amazônia e a cidade de Paraty nos anos 1980.
Hoje, próximo dos 47 anos, o ator se tornou ainda um produtor de cinema, consciente dos números do mercado, que apontam uma receptividade cada vez maior no exterior para seu trabalho. Afinal, desde que estreou no Natal nos Estados Unidos, Operação Valquíria amealha uma ótima bilheteria em outros países.
“A atividade de produtor complementa a de ator, pois uma ensina como lidar melhor com a outra”, comentou Cruise que, no filme, interpreta o coronel alemão Claus von Stauffenberg – em 1944, ele liderou um atentado a bomba contra Hitler. Com o insucesso, ele e os colegas foram executados. “Foi um papel difícil, pois Stauffenberg mantinha uma fria relação com a família”, observou Cruise. “Ele não brincava com os filhos por temer que descobrissem que o pai era um conspirador.”
Cruise contornou, porém, a pergunta do Estado, sobre a dificuldade imposta pelo governo alemão em liberar a filmagem em locais históricos – lá, não é reconhecida como tal a religião do ator, a cientologia, classificada como seita. “Sempre enfrentei problemas em meu trabalho e esse foi apenas mais um.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
