TIM Festival anuncia atrações

A lenda do sax tenor Sonny Rollins, a cantora de jazz Stacey Kent e as bandas indie Klaxons e The Gossip, da vocalista Beth Ditto, são as primeiras atrações internacionais confirmadas para o TIM Festival 2008.

O maior festival de música do País mantém o calendário e, mais uma vez, acontece na segunda quinzena de outubro em três cidades. Rio de Janeiro e Vitória recebem a sexta edição do evento nos mesmos locais do ano passado, a Marina da Glória e o Teatro UFES, respectivamente. Para São Paulo estão reservadas algumas mudanças, cujos detalhes serão anunciados em breve. Curitiba esse ano está de fora do festival.

Antenado com quem já fez história na música, mas igualmente preocupado em antecipar as tendências do mundo globalizado, o TIM Festival já apresentou ao público brasileiro, desde a sua primeira edição, em 2003, um total de 185 atrações – 57 nacionais e 128 estrangeiras. Foram bandas consagradas, mitos do jazz e do rock, além de representantes do pop, da world music e da música eletrônica, vindos de mais de 20 países diferentes. Da islandesa Björk ao russo Eldar, do norueguês Lindstr¢m ao inglês Elvis Costello, do americano Brian Wilson aos belgas do 2ManyDJs.

Das atrações anunciadas para a edição 2008 do TIM Festival, o americano Sonny Rollins é o que se poderia chamar de mito vivo. Último remanescente da época de ouro do jazz, antes mesmo de atingir os 20 anos de idade ele já havia gravado ou tocado com os maiores nomes do gênero: Thelonious Monk, Miles Davis, J.J. Johnson e Bud Powell. Logo viria a se tornar um deles.

Nascido em 1930, em meados da década de 50 Theodore Walter Rollins já era comparado ao ídolo e amigo Charlie Parker, conforme registrou Davis em sua autobiografia: ?Sonny era uma lenda, quase um deus para um monte de jovens músicos. Alguns achavam que ele tocava sax no mesmo nível que Bird. Eu digo uma coisa: ele estava próximo disso.

Ele era um músico agressivo e inovador, cheio de idéias novas?. E continua a sê-lo, aos 77 anos de idade e mais de seis décadas de carreira como músico e compositor.

Em 2004, Rollins recebeu o Lifetime Achievement Award da National Academy of Recording Arts and Sciences. Dois anos depois, foi entronizado na Academy of Achievement, em cerimônia conduzida por Steven Spielberg e George Lucas, diante da presença de diversos chefes de Estado e de vários artistas renomados. Reconhecimentos merecidos porém tardios a um músico que, desde muito cedo, inscreveu seu nome na história do jazz através de composições revolucionárias, performances surpreendentes e incontáveis gravações históricas.

Em 1956 – um ano depois de ingressar no quinteto de seu baterista preferido, Max Roach -, Rollins lançou um de seus álbuns mais aclamados, Saxophone Colossus. A faixa St. Thomas, com acento caribenho, transformou-se em standard jazzístico.

Original, inovou tanto na maneira de tocar e compor como na formação de sua banda: foi o primeiro a abrir mão do piano e gravar um disco – Way out west, de 1957 – com um trio composto por sax, baixo e bateria, dando origem à sonoridade conhecida como strolling. Igualmente famosos foram seus solos sem acompanhamento, cujo primeiro registro foi o disco It could happen to you, do mesmo ano.

Dono de uma agenda disputada, Sonny Rollins se apresentou uma única vez no Brasil, em 1985, como uma das atrações da edição de estréia do extinto Free Jazz Festival. Ele deverá fazer três shows no TIM Festival – dois em São Paulo e um no Rio.

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