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‘The Gifted’ leva universo X-Men à telinha

A Marvel continua sua acelerada expansão também na televisão com a estreia de The Gifted, a primeira da companhia com o canal Fox. A série, que explora o mesmo universo dos X-Men e tem entre seus produtores Bryan Singer, Lauren Shuler Donner e Simon Kinberg, diretor e produtores dos filmes X-Men, estreia nesta terça-feira, dia 3, às 22h30, um dia após a estreia americana. Nem sempre as incursões da Marvel na TV dão certo: Agent Carter durou pouco, Agents of S.H.I.E.L.D. esteve ameaçada diversas vezes, e Iron Fist, produzida pela empresa com a Netflix, uma parceria bem-sucedida com Demolidor e Luke Cage, recebeu duras críticas. Pelo piloto, assinado por Bryan Singer, The Gifted promete.

A série começa quando um adolescente, Andy (Percy Hynes White), tem seus poderes mutantes revelados ao sofrer bullying. Sua irmã, Lauren (Natalie Alyn Lind), tenta protegê-lo, fazendo com que descubram que ela também é mutante. O problema é que o pai de ambos, Reed (Stephen Moyer, de True Blood), é o procurador responsável pelos casos envolvendo mutantes usando seus poderes em público, o que é proibido pelo governo desde os incidentes de 15 de julho, quando um protesto saiu de controle, com gente inocente sendo morta. “Meu trabalho é colocá-los em campos de concentração”, disse Moyer em entrevista numa visita ao set, em Atlanta.

Reed, porém, coloca a família, que inclui também a mulher, Caitlin (Amy Acker), em primeiro lugar. “Ele também sabe que algumas pessoas levadas desapareceram no sistema. Ele vê que isso pode acontecer com seus filhos e decide fugir, deixando para trás esse mundo certinho. Sabe que vai ser perseguido.”

Do outro lado, está um grupo de mutantes que auxilia outros mutantes em perigo, formado por Eclipse/Marcos Diaz (Sean Teale), Polaris/Lorna Dane (Emma Dumont) e Thunderbird/John Proudstar (Blair Redford). Eles acabam de salvar Blink/Clarice Fong (Jamie Chung), que foge dos Serviços Sentinela, a agência governamental que persegue mutantes, liderada pelo Agente Jace Turner (Coby Bell). A palavra mais usada pelos atores é “sobrevivência”. “Não é uma história em que os mutantes são super-heróis e estão salvando o mundo e a humanidade de um supervilão”, disse Jamie Chung. “É uma história de sobrevivência. A série é muito realista em termos dos poderes que eles têm e dos relacionamentos.”

Como quando os X-Men foram criados, na década de 1960, a série toca em temas como tolerância. “Os roteiristas estão lidando com vários temas relevantes para a sociedade. Por exemplo, como tratamos as minorias. Como o governo abusa de seu poder. Como tratamos os prisioneiros e até que ponto podemos ir na busca de informação sem que seja tortura”, disse a atriz Jamie Chung. “Mas vemos o outro lado também – Jace perdeu membros de sua família por causa dos poderes mutantes.” O elenco reflete a diversidade: há negros, latinos, asiáticos e nativos.

Ter Bryan Singer como produtor executivo e diretor do piloto foi muito bom para manter a coerência do universo. “Ele realmente conhece os personagens”, disse Emma Dumont. Mas ninguém sabe – ou quer dizer – de que forma The Gifted se relaciona com X-Men. “As linhas de tempo estão meio bagunçadas”, afirmou Dumont. “Vivemos no mundo dos X-Men e da Irmandade de Mutantes, mas não sabemos se eles estão vivos ou ativos. Por enquanto, é o que sabemos.”

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