Tesouros da Caixa

O acervo de 53 obras que a Caixa Econômica Federal vem amealhando desde 1968 está em exposição na Galeria da Caixa (Conselheiro Laurindo, 280), com visitação obrigatória até 14 de março. Afinal, trata-se de arte brasileira e com algumas preciosidades. Além do núcleo histórico constituído por Djanira, Di Cavalcanti, Rebolo e Tarsila do Amaral, a coleção volta-se para todas as tendências, com um total de 246 obras.

O tesouro foi garimpado em três momentos, iniciando em 68 com as aquisições para ilustrar os bilhetes da Loteria Federal, tendo datas especiais como tema. Depois, novo lote foi acrescentado em 1987, quando a Unesco elegeu Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade. E, em 98, quando a CEF comprou oito obras de artistas contemporâneos, como Daniel Senise e Siron Franco.

Com curadoria de Wagner Barja, a exposição chega a Curitiba com obras que contemplam os três momentos, das modernistas Djanira e Tarsila às abstracionistas Maria Bonomi e Tomie Ohtake.

Fayga Ostrower

O Museu da Gravura (Carlos Cavalcanti, 533) expõe obras de Fayga Ostrower, de seu próprio acervo. Em Paisagens Interiores, com visitação até 13 de abril, estão gravuras de diferentes períodos de produção da artista, falecida há dois anos. As obras compreendem xilo, lito e metal, de 1958 a 1992. Nascida polonesa em 1920, Fayga naturalizou-se brasileira em 1934 e sua arte foi marcada também por sua preocupação social.

Mesmo tendo a artista abandonado a figuração no início da década de 1950, a coleção da Fundação Cultural de Curitiba dispõe de um único exemplar figurativo: uma paisagem, de 1981. Segundo a pesquisadora Priscila Jacewicz, da Diretoria de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da FCC, “não se trata de um trabalho tardio, pois, antes de se render aos mistérios da abstração, Fayga estava envolvida com uma arte engajada, de cunho social, que visava retratar o sofrimento dos retirantes”.

Ferramentas do axé

O Memorial de Curitiba/Largo da Ordem sediará, a partir desta terça, dia 18, a mostra Orô – As Ferramentas do Axé, com 30 peças em bronze, cobre e alpaca criadas pelo artista baiano Gilmar Tavares. Utilizadas como adereços nas danças e cultos do candomblé, as peças impressionam pela riqueza de detalhes e símbolos da força dos orixás.

Estudioso da cultura afro-brasileira, Gilmar Tavares faz desde os 12 anos trabalhos voltados ao candomblé, religião que segue e inspira toda a sua produção. Ele é um dos poucos herdeiros de uma tradição artesanal que vem desde o Brasil colonial. Os adereços (anéis, braceletes, brincos, pulseiras e balangandãs) e ferramentas (leques, sinos, escudos e couraças) são elementos fundamentais para o culto aos orixás.

Mesmo seguindo a tradição, Tavares é dono de um estilo próprio de representação dos símbolos do candomblé. Suas peças estão nos terreiros mais conceituados de Salvador, como Gantois, Casa Branca, Ilê Axé Opô Afonja e Oxumarê. Desde 1991 seus trabalhos estão em galerias e museus, tendo sido expostos em vários estados e coleções em diversos países.

Panorama do mangá

Até 14 de março, o Memorial de Curitiba/Largo da Ordem expõe desenhos da Claudio Seto, Edson Kohatsu, Adilson Orikassa, Fulvio Pacheco, Daniel de Souza Gomes, Heloisa Michelle Sarruf, Simonia, Monique e Clube de Mangá Danketsushow. Todos eles dão um panorama atual do mangá em Curitiba.

A exposição apresenta ainda trabalhos feitos pelo fã-clube de Mangá Danketsushow, dos professores da Gibiteca de Curitiba (Fulvio, Adilson e Daniel), de alunos dos cursos da Gibiteca e os melhores trabalhos de participantes dos concursos de ilustrações da Associação Cultural Animencontro. Este evento é promovido pelos artistas curitibanos que produzem mangás e já se encontra em sua sétima edição.

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