Como é difícil aceitar e compreender que uma pessoa tão amada tenha tido uma vida tão breve e com final trágico. Estou me referindo a Terezinha Elisabete Kepp que, aos 25 de fevereiro de 2000, foi assaltada, violentada e estrangulada por três marginais, na cidade de Rio Branco do Sul-PR, bairro São João Batista. Na atualidade o bairro pertence ao município de Almirante Tamandaré. A memória da mártir vem sendo preservada pela instituição que leva seu nome: Escola Estadual Professora Terezinha Elisabete Kepp-Ensino Fundamental, localizada no bairro citado.
Kepp, que nasceu em Almirante Tamandaré, em 9 de fevereiro de 1962, optou pela educação. Fez o curso Logos II, equivalente ao magistério, concluído aos 23 de setembro de 1986. De acordo com Renato Cumin, diretor da Escola Terezinha Kepp, era uma mulher que tinha vocação para educar, por isso pretendia cursar a faculdade, porém o sonho foi interrompido prematuramente.
Em entrevista realizada pelas estudantes Ariana dos Santos, Hélida de Assunção, Elen Bedin, Janaina de Góis e Jucimara de Florêncio, 8.ª A, a professora Otília Cumin respondeu: ?Foi uma boa e gentil professora?. Simone Lovatto, que é professora e ex-aluna de Kepp, comenta que ela partilhava tudo que sabia.
Maria Margarete, irmã de Kepp, diz que falou com ela horas antes de sua morte e que estava muito alegre. Aliás, todas as pessoas que a conheceram afirmam que era amiga, conselheira, inteligente e alegre.
No próximo dia 2 de julho, no contexto da Semana Cultural, os estudantes, funcionárias, professores, a pedagoga e o diretor da Escola Terezinha Kepp estarão rememorando os caminhos dessa mulher, referência na comunidade.
Jorge Antonio de Queiroz e Silva é palestrante, pesquisador, historiador, professor. Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.