“A monogamia está com os dias contados”, avisa uma das entrevistadas de Tabu Brasil. Com foco nos temas urbanos, a atração do NatGeo volta ao ar em sua terceira temporada, que começa na terça-feira, 22, às 22h30, debatendo o amor livre. “A gente tem tabu no nosso dia a dia e nos relacionamentos”, explica Elisa Chalfon, gerente de conteúdo do canal.

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Em seu primeiro episódio, o programa vai mostrar um grupo de pessoas de Porto Alegre em que cada uma mantém relacionamentos sérios com pelo menos duas outras ao mesmo tempo. O assunto, já motivo de discussão, é tratado de maneira natural por quem está envolvido na questão. Sem levar em conta as imagens da ciranda de casais que se beijam diante da câmera, o que pode impressionar o telespectador é a naturalidade com que os integrantes do grupo abordam o tema entre si e ao encarar uma equipe de televisão.

“A gente consegue derrubar um pouco o preconceito destruindo o tabu”, avalia Elisa. Para mastigar cada um dos assuntos e transformar em documentário, a produção quebrou a cabeça. “Esse dos relacionamentos livres foi editado três vezes”, entrega a executiva.

No mesmo episódio, que dura uma hora no ar, serão contadas ainda as histórias de um homem e uma mulher no interior da Bahia que, após se apaixonarem, receberam a notícia de que poderiam ser filhos do mesmo pai. A edição traz também o caso de um paulista de Mogi das Cruzes que se envolveu com um transexual por acreditar que ele fosse uma mulher. Após a verdade revelada, ele levou a namorada para morar sob o mesmo teto que a ex-companheira e o filho adolescente.

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Apesar da polêmica abordada, a ideia é mostrar os casos pela visão científica, com depoimentos dos envolvidos e de especialistas, como médicos e psicólogos. “A gente não é sensacionalista. E tudo está submetido à National Geographic Society (organização centenária que promove estudos de assuntos ligados à natureza e à sociedade)”, afirma Elisa. Os tópicos de cada capítulo são sugeridos por uma equipe do canal e da produtora Bossa Nova Films, que executa o projeto. “Somos 100% autônomos. Mas não escolhemos nada que não traga alguma informação para o telespectador.”

Mesmo rodado por um time brasileiro e sem a interferência da matriz norte-americana do canal, toda a parte científica do programa tem as informações checadas por uma equipe que fica em Washington, nos Estados Unidos. Nas próximas edições, serão abordados temas como partos polêmicos, mulheres na prisão, humanização de animais de estimação, obesidade e superdotados. “Vamos mostrar um menino superdotado da periferia que ainda é albino”, adianta Elisa Chalfon.

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A maior parte dos episódios brasileiros segue o formato do canal, com narrador clássico, porém, tem intervenções estéticas feitas somente por aqui. As versões nacionais já foram exibidas em outros países da América Latina e a terceira temporada seguirá o mesmo caminho, só que dublada. Desta vez, Tabu Brasil será exportado para os Estados Unidos, onde vai ao ar em espanhol para o canal local destinado ao público latino. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.