O projeto Teatro para o povo, realizado pelo Centro Cultural Teatro Guaíra, retorna neste domingo, dia 26 de novembro, com quatro diferentes atrações. No Guairão, a Orquestra Sinfônica do Paraná tocará Rossini; no Guairinha, a Companhia de Teatro Filhos da Lua apresenta a peça Teatro, que história é essa?; no miniauditório a Escola do Ator Cômico traz o teatro A queda; e no José Maria Santos a atração é o show musical O melhor do Maxixe Machine. Os espetáculos acontecem simultaneamente às 11 horas e a entrada é franca.
A Orquestra Sinfônica do Paraná será regida pelo maestro Alessandro Sangiorgi e terá como convidado especial o solista curitibano Pepes do Vale (barítono baixo). As obras executadas serão todas de Gioacchino Rossini (1792-1868): Il barbiere di Siviglia, La Cenerentola e L?italiana in Algeri.
No Guairinha será apresentada a peça Teatro, que hstória é essa?, na qual a Companhia Teatro Filhos da Lua faz uma leitura lúdica e sintetizada de períodos marcantes da história milenar do teatro, passando da pura celebração dionisíaca para o teatro de constatação política e toda sorte de reflexões filosóficas e experiências estéticas.
O monólogo A queda, que será encenado no miniauditório, é baseado na obra de Albert Camus e leva ao público uma obra sobre a consciência do homem moderno e sua infinita capacidade de duvidar de si mesmo. As questões colocadas por Camus, através das palavras do advogado João Baptista Clemente, interpretado por Mauro Zanatta, são insights comuns à consciência daqueles que vêem além da sua imagem refletida no espelho. Refugiado numa cidade de luminosidade fria, onde banca o eremita e o profeta, o advogado espera num bar duvidoso ouvintes complacentes. Ele não suporta ser julgado. Apressa-se então em fazer sua própria acusação, mas é para melhor julgar os outros. Só há uma verdade, em todo caso, nesse jogo de espelhos estudados: a dor, e o que ela promete.
O Maxixe Machine apresenta no Miniauditório o show O melhor do Maxixe Machine, cujo repertório estão sambas antigos mesclados por sambas novos, composições próprias com a personalidade de quem veio do punk rock, mas tem o apelo do som popular.