Até o primeiro semestre de 2021 o Teatro Guaíra terá um café para chamar de seu. A confirmação vem da diretora-presidente do teatro, Mônica Rischbieter, que revela que a intenção da Secretaria da Infraestrutura do governo do Paraná é de que até março de 2020 saia a licitação que busca a melhor proposta para o local.
O café-bar será instalado onde hoje é a Sala de Exposições do Centro Cultural Teatro Guaíra, no pavimento térreo, ao lado da bilheteria, com quase 500 m². Além de pensar na melhor proposta de funcionamento do café, quem assumir o empreendimento também deverá apresentar um projeto arquitetônico para o estabelecimento.
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“Desde a década de 1990, Curitiba ganhou muitos outros espaços de exposição. Então, na nossa opinião, a melhor maneira de revalorizar esse espaço é com um café que possa abrir para almoços, e antes e depois dos espetáculos”, explica Mônica, que desde 2011 tenta articular o nascimento do café no Teatro Guaíra. “É um ganho para a cidade, para um lugar tão legal de Curitiba.”
Mas desde os anos 1990 já havia o desejo de um café no teatro, como lembra o arquiteto Fábio Domingos Batista, que escreveu o livro “Rubens Meister: Projeto e Obra”, junto com Paulo Chiesa, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e a historiadora Deborah Agulham Carvalho.
“Em janeiro de 1997, como informa reportagem da Gazeta do Povo, o engenheiro Rubens Meister [1922-2009], autor do Teatro Guaíra [1951], entregou à direção da instituição o projeto de um café concerto com capacidade para 178 pessoas sentadas”, relata. “Seria muito interessante se esse projeto fosse executado, para dialogar com o resto da obra do Meister”.
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Logo depois o escritório de arquitetura de Jaime Lerner também entregou uma proposta de projeto para o café do teatro. “Nossa intenção era utilizar como parte da ambientação os cenários e figurinos que não eram mais utilizados pelo teatro, e combinar isso com fotografias dos espetáculos e óperas em que esses elementos haviam sido usados”, diz a arquiteta Valéria Bechara, sócia do Jaime Lerner Arquitetos Associados e uma das autoras do projeto ao lado dos arquitetos Dóris Teixeira e Fernando Popp.
De acordo com a diretora-presidente do Teatro Guaíra, os projetos em questão são de outro tempo e seriam muito caros de serem implementados hoje. “O do Meister, por exemplo, era um piano bar suntuoso, com conjuntos de cadeiras específicas”, pontua Mônica. “Quem ganhar o edital também terá que apresentar um projeto de ambientação do café”, lembra.
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