Foto: Divulgação

Após temporada no Rio, o espetáculo vem para Curitiba.

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Ataraxia é um espetáculo que trata da morte das idéias e das ideologias, da indiferença e do individualismo do homem contemporâneo, a partir da obra de um dos maiores criadores de nosso tempo, o dramaturgo alemão Heiner Müller.

O teatro está nu, aberto, escancarado. Não há mistérios. Ofélia é morta com a cabeça no fogão a gás; Medéia, uma drag queen; Electra fala para as metrópoles do mundo e Hamlet se recusa a entrar em cena. O público entra pelos camarins, vê as coxias sem cortinas, a platéia está vazia, percebe as varas de luz sobre sua cabeça e é protagonista da encenação, compartilhando do ato de estar em cena.

O Teatro de Extremos se compromete com a pesquisa de novas linguagens e a construção de uma nova dramaturgia. Em Ataraxia, a encenação vigorosa de quatro atores propõe um intenso diálogo com o espectador e sua realidade: a platéia assiste ao espetáculo do palco. Costurando as cenas, uma drag queen, o extremo da representação da feminilidade por um homem, ocupa e delimita a cena contemporânea. Além da proximidade do público, os atores ocupam todos os lugares do teatro: as cenas são vistas de cima, de baixo, por trás e algumas nem são vistas, só ouvidas.

O projeto de encenação foi concebido a partir do interesse do grupo em aprofundar a pesquisa em torno do autor alemão Heiner Müller (1929-1995), um dos ícones da dramaturgia mundial. O grupo utilizou-se da adaptação livre e de fragmentos de cinco textos do autor (Hamletmachine, Medeamaterial, Quartet, Peça-coração e Mauser) e ainda citações de Samuel Beckett e Rimbaud, entre outros.

Serviço:

Fringe Festival de Curitiba, Teatro Paulo Autran, Endereço: Rua Coronel Dulcídio, 517 – Shopping Novo Batel – Piso C – Batel. Sessões: 30/03 (sexta-feira) 20h; 31/03 (sábado) 23h; 01/04 (domingo) 20h.

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