Na sexta-feira, 17, a Tate Modern, em Londres, abriu ao público seu novo prédio projetado por Herzog & de Meuron. A ideia dessa construção surgiu em 2000 e, depois de muitas discussões, se materializou às vésperas do referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia. O edifício, em formato de pirâmide, está unido à ala sul do museu.

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O espaço acolhe obras de artistas modernos já clássicos, como, por exemplo, uma réplica, de 1964, de Fonte, de 1917, de Marcel Duchamp; Marilyn Diptych, de 1962, de Andy Warhol; e os tijolos da série Equivalent VIII, de Carl Andre, dos anos 1960.

Há ainda uma sala dedicada a exibições de longa duração: a artista escolhida para inaugurar o espaço é Louise Bourgeois, cujas gaiolas, “costuras” e uma de suas conhecidas aranhas não poderiam faltar à exposição.

Há, nessa nova ala, obviamente, artistas contemporâneos; entre eles, destacam-se Yayoi Kusama e Anish Kapoor.

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No prédio, os artistas brasileiros estão muito bem representados por Lygia Clark e sua Creature-Maquette, de 1964; Cildo Meireles e sua Babel, de 2001, uma torre formada por centenas de rádios sincronizados, em volume mínimo, mas audível, em diferentes estações; a confusão de informações criada pela obra remete à história bíblica da Torre de Babel. Hélio Oiticica engrossa a lista de artistas brasileiros com sua Tropicália, de 1967.

Há salas dedicadas a performances, que podem ser vistas em tempo real ou em vídeos, como a de Merce Cunningham e a de Marina Abramovic. No ambiente de transmissão desta última, há uma mesa em que se expõem todos os objetos utilizados na performance Rhythm 0, de 1974.

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No dia de abertura da nova ala, havia performances de Roman Ondák, Good Feelings in Good Times, uma fila de pessoas que não leva a lugar nenhum; de Tino Sehgal, This Is Propaganda, na qual uma pessoa canta uma frase curta toda vez que o visitante entra na sala; entre outras. Numa performance proposta pela artista argentina Amalia Pica, Strangers, dois desconhecidos seguram as pontas de um barbante com bandeirinhas coloridas penduradas.

Numa outra sala, podem-se ver esculturas vivas, que reproduzem quadros famosos como La Dance, de Henri Matisse. Antes das reproduções, os performers anunciam o nome da obra, o seu autor e o lugar onde ela está.

A nova ala da Tate Modern parece, por fim, ter um espaço permanente para a performance que estimula a interação com o público e dialoga diretamente com o teatro. O espaço destaca o fim da separação entre artes cênicas e plásticas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.