Tarso Genro aposta na empatia cubana

Inaugurada anteontem com a presença do ministro da Educação do Brasil, Tarso Genro, a 14.ª Feira Internacional do Livro de Havana aposta na empatia do povo cubano pela cultura brasileira para atrair mais de 750 mil pessoas ao evento.

Como convidado de honra, o Brasil, além de ter levado milhares de livros e um elenco respeitável de escritores, estará promovendo, até o dia 13, exposições, mostras de cinema, apresentações musicais, palestras e mesas-redondas que colocam em discussão a formação cultural de nosso país.

O vice-presidente de Comunicação e Marketing da CBL, Marino Lobello, conta que os primeiros dias de feira foram muito positivos." A presença de grandes escritores locais, como Abelardo Estorino e Jesús Orta Ruiz, do Brasil e de outros países comprovam que o livro e a leitura são realmente assuntos prioritários por aqui. As filas para entrar são imensas. O público é composto por todas as faixas etárias, as pessoas são muito curiosas e comunicativas. A fortaleza onde é realizada a feira é uma atração à parte, agregando um valor cultural e histórico ainda maior ao evento. Além de editores e escritores brasileiros, temos também representantes de diversos outros países da América Latina, principalmente do México. O cubano é um povo que lê muito e conhece bastante os hábitos do brasileiro, a literatura, a música, a culinária, a teledramaturgia. Está havendo uma sinergia muito boa."

A exposição sobre a vida de Chico Buarque é um dos destaques da feira. A popularidade dele é grande em Cuba. Há também outras exposições, como sobre artesanato brasileiro e outra sobre a arte naïf. Outros importantes eventos que acontecerão no decorrer da feira também deverão chamar a atenção.

Neste fim de semana haverá várias palestras, como a de Vladimir Sachetta sobre Monteiro Lobato e a do Frei Betto sobre literatura e crítica social, além de uma mostra fotográfica sobre a vida de Villa-Lobos e uma apresentação da Orquestra Filarmônica de Cuba, acompanhada do violonista Turíbio Santos, com as obras de Villa-Lobos.

A feira poderá retornar muitas coisas para a indústria do livro no Brasil. A divulgação recíproca da produção editorial é a principal delas, com nossos escritores ganhando reconhecimento em Cuba, e os editores brasileiros conhecendo novos talentos locais que poderão ser publicados em nosso país.

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