O fato de Tão Forte e Tão Perto ter como plano de fundo de sua trama os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 atraiu uma atenção extra ao longa. Inspirado no best-seller homônimo de Jonathan Safran Foer, o filme, que tem direção de Stephen Daldry, recebeu duras críticas por usar um acontecimento ainda indigesto aos americanos de forma considerada manipuladora, ou seja, como meio para fazer o espectador chorar. No momento, a produção ocupa a 98ª posição entre os filmes mais bem sucedidos no EUA nos últimos 12 meses, segundo lista divulgada pelo site Box Office Mojo, o que demonstra uma fraca recepção. Por outro lado, a obra agradou a Academia e chega aos cinemas nacionais nesta sexta-feira com duas indicações ao Oscar, nas categorias de melhor filme e ator coadjuvante, ao veterano Max Von Sidow.

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O enredo, que tem adaptação de Eric Roth (de Forrest Gump e O Curioso Caso de Benjamin Button ), gira em torno de Oskar Schell, papel do ator estreante Thomas Horn, um garoto de 11 anos que perde o pai, seu maior laço afetivo, durante os ataques às torres gêmeas em Nova York. Tom Hanks é Thomas Schell, um joalheiro que sonhava ser cientista e criou o filho estimulando sua curiosidade. Em uma das cenas, Thomas conta a Oskar que existiria um território perdido na cidade (em Nova York, um borough, região), instigando o menino a investigar.

Apesar de sua inteligência acima da média, Oskar tem problemas de ansiedade, o que faz com que tenha sérias dificuldades de se relacionar com as pessoas – o pai é a exceção. Há inclusive uma sugestão de que os sintomas estejam ligados à síndrome de Asperger, uma forma de autismo. Essa condição faz com que Oskar carregue um tipo de pandeiro aonde quer que vá.

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Mesmo com uma complexa figura, Thomas Schell dá conta da complexidade de Oskar e vai bem nas cenas em que o garoto se torna agressivo. O ator foi descoberto em sua participação vitoriosa no Jeopardy, programa de perguntas e respostas americano.

A morte repentina do pai piora a situação de Oskar, que se torna obcecado pela figura paterna. Passa longos períodos observando uma espécie de altar com fotos do pai e ouvindo repetidamente as mensagens deixadas pelo joalheiro na secretaria eletrônica da família quando estava no World Trade Center naquele que é chamado por Oskar de “o pior dia”.

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A mãe, interpretada por uma apagada Sandra Bullock, vive uma relação conflituosa com o menino – em determinado momento, ele chega a dizer que preferiria que ela tivesse morrido no lugar do pai.

Um ano passado após a morte de Thomas Schell, Oskar encontra uma chave dentro de um envelope. No papel, a palavra “Black”. O garoto presume que está ali um enigma deixado pelo pai e sai em busca das 472 pessoas na cidade com o sobrenome “Black”, esperando que uma delas lhe diga o que fazer. Na busca, Oskar encontra um aliado, seu avô. Após passar anos desaparecido, o homem, que não conheceu o filho, embarca na missão. O ator Max Von Sidow dá vida brilhantemente ao personagem, que não fala por causa de um trauma e se comunica por bilhetes. As informações são do Jornal da Tarde.