Washington – A suposta vítima de Michael Jackson, um menino de 12 anos, e sua mãe, fizeram uma gravação de áudio este ano, na qual elogiam o “rei do pop”, ao mesmo tempo em que firmaram uma declaração juramentada que exime o cantor de ter tido condutas inapropriadas, informaram ontem meios de comunicação americanos. A suposta gravação e a declaração juramentada foram feitas em fevereiro passado, depois que o cantor admitiu em um documentário britânico que compartilhava sua cama com meninos, segundo o jornal nova-iorquino The Daily News.
O cantor, de 45 anos, se entregou à polícia de Santa Bárbara (Califórnia) há uma semana, depois de ser acusado de abusos sexuais múltiplos contra um menor, supostamente um menino de 12 anos que sobreviveu ao câncer. Michael, que será indiciado formalmente entre 15 e 18 de dezembro, negou firmemente as acusações contra ele, qualificando-as de “grande mentira”.
O jornal indicou que a gravação e a declaração juramentada foram realizadas depois que a mãe da suposta vítima foi a Neverland (Terra do Nunca), rancho de Michael Jackson perto de Santa Bárbara, para queixar-se sobre a transmissão de imagens de seu filho no documentário britânico.
Uma fonte ligada à família da suposta vítima disse que o astro estava preocupado com o caso e tentou mandá-los para fora do país, ou mantê-los em sua residência. Um colaborador de Michael teve a idéia de gravar o menino e sua mãe falando sobre o cantor, ao mesmo tempo em que os fez assinar uma declaração juramentada, na qual eximiam o artista de condutas inapropriadas contra o menor.
Bênção
Um jornalista da rede de televisão CNN, que ouviu a gravação de 20 minutos, informou que a suposta vítima e sua mãe disseram que Deus os abençoou ao lhes permitir ter Michael em suas vidas, e que o cantor nunca atuou de forma inapropriada com o menino.
Um advogado consultado pela CNN disse que os comentários e a declaração da suposta vítima, se forem autênticos, podem representar um entrave para os promotores, se Michael Jackson for a julgamento. A fonte citada pelo jornal informou que a mãe da suposta vítima agora diz que estava confusa e que foi coagida a assinar a declaração.