A morte de Christopher Reeve reviveu a discussão sobre o desejo de Hollywood de resgatar uma de suas franquias mais populares: a do Super-Homem. Que, depois de duas décadas fora da tela, parece maldita. “É muito difícil encontrar um Super-Homem”, disse o diretor Brett Ratner, que já esteve envolvido num projeto.

Desde que Reeve abandonou seu uniforme vermelho e azul – em 1987, com Super-Homem 4, foram inúmeras as tentativas de levar o personagem da DC Comics de volta aos cinemas. Um esforço que foi renovado quando a Warner – em 1993 – comprou os direitos da série. Ratner foi um dos diretores que esteve no projeto, ao lado de Tim Burton e Wolfgang Petersen. A lista dos candidatos ao papel do herói é extensa: Nicolas Cage, Brenda Fraser, Jude Law, Matt Damon, Josh Harnett e Ashton Kutcher já foram sondados para viver o protagonista.

Mas todas as tentativas foram frustradas. Kevin Smith, que escreveu o roteiro para um filme de Tim Burton, disse que seu projeto fracassou por diferenças com o diretor que queria que o herói “usasse uma roupa preta e tivesse ganchos nas mãos”.

Um comentário irônico que faz referência à estética de Burton e esconde uma outra realidade: a do dinheiro. A Warner já teria investido US$ 40 milhões nas tentativas de fazer mais um filme da série que tinha – inicialmente – lançamento previsto para este ano.

O que aumenta o estigma da maldição. George Reeves – nos anos 50, era o protagonista da série de TV e se suicidou. Kirk Alyn, protagonista dos curtas do herói na década de 40, foi vítima de Alzheimer. E Christopher Reeve tem uma história dramática. Mas não é isso que afasta os atores do filme. “A verdadeira razão é que nenhum ator vai se comprometer com um contrato para três filmes como pede o estúdio”, diz Ratner.

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