Spike Lee trazia sua sétima taça de champanhe quando chegou para a entrevista coletiva, domingo à noite. A bebida parecia calibrar seu humor cáustico, pois o cineasta disparou contra tudo. Ainda no palco, onde recebeu o Oscar de melhor roteiro adaptado (ao lado de Charlie Wachtel, David Rabinowitz e Kevin Willmott), Lee provocou Donald Trump. “A eleição presidencial de 2020 está chegando. Vamos nos mobilizar. Vamos todos ficar do lado certo da história. Faça a escolha moral entre amor versus ódio”, disse.
Pelo Twitter, Trump respondeu nesta segunda-feira, 25: “Seria legal se Spike Lee pudesse ler suas anotações, ou melhor ainda, não ter que usá-las em absoluto, quando faz seu ataque racista contra o presidente que fez mais pelos afro-americanos (Reforma da Justiça Criminal, números de desemprego mais baixos da história, cortes fiscais etc) do que quase todos os presidentes”.
Lee também reagiu contra a premiação de Green Book – ao ouvir o anúncio, ele simulou deixar o teatro. Na entrevista, balançando a taça, foi irônico: “Agi como na quadra do (Madison Square) Garden, quando o juiz apita errado”, sorriu, maroto. E, sobre o fato de perder o Oscar para Green Book, disparou: “Sempre perco quando enfrento um filme com alguém dirigindo”, disse, referindo-se a Conduzindo Miss Daisy, que venceu Faça a Coisa Certa, em 1989.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.