Público pode conferir uma visão cronológica e conceitual do trabalho
do artista venezuelano.

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A primeira mostra individual e retrospectiva da obra de um dos mais importantes nomes da arte no século XX, Jesús Rafael Soto, apresenta 25 obras do revolucionário venezuelano, apontado como um mestre da arte cinética. Com curadoria de Paulo Venancio Filho, a exposição Soto: A Construção da Imaterialidade, oferece uma visão cronológica e conceitual do trabalho do artista.

Trata-se de uma perspectiva bastante completa da trajetória de Soto, pela primeira vez alinhada ao trabalho de seus contemporâneos brasileiros. A mostra será aberta ao público amanhã, e poderá ser visitada até o dia 30 de outubro, de terça a domingo, das 10h às 18h.

Considerado um dos mais importantes artistas plásticos da América Latina, os ecos da obra de Soto continuam a desafiar, propor e provocar hoje em dia. Segundo o curador, a exposição percorre a coerente trajetória do trabalho do venezuelano – a obra mais antiga exposta é de 1955, desde as históricas e pioneiras obras cinéticas até os trabalhos mais recentes. Em uma definição simples, o curador explica que ?a arte cinética procura introduzir o movimento na obra, seja ele real ou virtual, seja através de elementos móveis ou efeitos óticos?. Além de proporcionar uma visão panorâmica da criação do artista, a mostra apresenta alguns trabalhos inéditos, como a Esfera Theospácio e Ovale Moutarde.

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A exposição exibe ainda o Penetrável do Museu de Arte Contemporânea da USP, restaurado especialmente para a temporada brasileira da mostra, que teve início no Rio de Janeiro e depois seguiu para São Paulo, chegando agora a Curitiba.

Diálogo com brasileiros

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Concebida pelo curador para ir além da exibição da obra do artista, a mostra Soto: A Construção da Imaterialidade também possibilita um diálogo com os artistas brasileiros contemporâneos de Soto. São artistas, abstrato-geométricos e cinéticos, cujas obras compõem a exposição. ?A idéia é evidenciar um dos momentos altos da arte moderna e a importantíssima e pioneira contribuição latino-americana que ainda influencia e estimula a arte e artistas da atualidade?, afirma Paulo Venancio.

Com o objetivo de ilustrar essa concepção, o curador estabeleceu nesse núcleo uma relação entre as obras de Lygia Clark, Hélio Oiticica, Sérgio Camargo, Lygia Pape, Franz Weissmann, Arthur Piza, Amílcar de Castro e Willys de Castro.

As obras de Soto são provenientes da Fundación Museo de Arte Moderno Jesús Soto, em Ciudad Bolívar, da Coleção Cisneros e de particulares, além do Museu de Arte Contemporânea da USP.