Divas costumam vir em todos os tamanhos, idiomas e culturas. Mas há algo de especial na personalidade das italianas, cujas trajetórias se misturam à própria história da ópera. Giovana Casolla é uma delas. A soprano está no Brasil desde a semana passada, dando masterclasses, e amanhã fará um recital no Teatro São Pedro, na cidade de São Paulo. Gostou do que ouviu durante as aulas, mas não perde a chance de fazer suas críticas, quando perguntada sobre a diferença entre a sua geração e as levas recentes de jovens cantores. “Tudo tem que ser natural no canto e isso é algo cada vez mais raro de se encontrar.”
Tosca, Turandot, Manon Lescaut, Carmen – a lista de papéis interpretados por Casolla ao longo de sua carreira nos principais teatros do mundo, do Metropolitan de Nova York ao Scala de Milão, sugere uma voz pessoal, que extravasa as separações naturais feitas entre o repertório de soprano e o de meio-soprano. O mesmo vale para o programa de seu recital, quando será acompanhada pelo pianista Anderson Brenner e terá ao seu lado o tenor brasileiro Richard Bauer. Na primeira parte, trechos de “Cavalleria Rusticana”, de Mascagni; “Don Carlo”, de Verdi; “Andrea Chenier”, de Giordano; e “La Gioconda”, de Ponchielli. Depois do intervalo, “Tosca”, de Puccini, e “A Força do Destino” e “Aida”, de Verdi.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
