Líquido impuro, o tempo impressentido.
A litania do caos, desenganada.
O áspero silêncio acontecido
entre gritos e cânticos, mais nada.
Um ícone de ateu desiludido.
O limiar da náusea mutilada.
O seqüestro do anão adormecido.
A boca da soprano bem calada.
Cai do trapézio a loura trapezista,
tigres em jejum comem domadores
e o mágico perdeu a bailarina.
Um cego paga o seu TV à vista.
Dois surdos-mudos líricos cantores.
Um bêbado movido a gasolina.

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