Cinema

“Solomon Kane – Caçador de Demônios” estreia no País

“Eu sou o único demônio aqui!”, berra Solomon Kane para seus homens, todos mercenários, amedrontados ao invadir um castelo sombrio no norte da África. E ele não poderia estar mais enganado. Um a um, os soldados de Kane são derrotados por uma horda de criaturas sombrias. Sozinho, ele se vê frente a frente com o próprio demônio, que veio do inferno para buscar sua alma. O filme “Solomon Kane – O Caçador de Demônios”, que estreia hoje nos cinemas de todo o Brasil, trata da história de um homem que renúncia a tudo, mas volta atrás. É uma trajetória de redescobrimento pessoal, ambientada na Idade Média, entre batalhas e sangue.

Kane é, na verdade, o segundo filho de um rei. E, como tal, deve se tornar padre contra a sua vontade. Esta é a sua primeira renúncia: ele abandona a família, deixando o luxuoso castelo para trás, mergulhando numa vida de violência, assassinatos e ambição. Logo, se vê obrigado a deixar novamente seu estilo de vida. Fugindo dos demônios, o personagem tem de se esconder num mosteiro. E torna-se, enfim, um religioso – ainda que um tanto sombrio, com o corpo todo marcado por cicatrizes de queimaduras em formatos de cruz. Mas lá ele também não é bem-vindo. E lá vai Kane, agora um andarilho moribundo.

Durante o tempo de reclusão, as terras da Inglaterra medieval são dominadas por um mago chamado Malachi e seu exército de possuídos, que espalham destruição por onde quer que passam. Acontece que, durante a sua volta para casa, Kane encontra apoio da família Crowthorns, liderada pelo patriarca William, vivido pelo veterano Pete Postlethwaite, 65 anos, indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante, em 1993, com “Em Nome do Pai”. O destino da tropa de Malachi e de Kane se cruzam. O antes guerreiro se recusa a lutar e uma chacina acontece. Ele assiste ao massacre da família que o apoiou, e, num último pedido, William pede para que Kane salve sua filha, raptada.

Começa mais uma cruzada. Outras batalhas são travadas, mas tudo soa mais do mesmo. Depois da trilogia “O Senhor dos Anéis”, de Peter Jackson, é difícil que outro filme consiga fazer o público perder o ar em meio a espadas e magias. Kane é o messias do seu mundo. O único capaz de derrotar Malachi. Em dado momento, a referência bíblica chega ao ápice: Kane é capturado, espancado e pendurado numa cruz para morrer. Há uma clara pretensão de fazer com que o público se identifique com o personagem. O longa é inspirado no personagem de histórias em quadrinhos, criado por Robert Ervin Howard, o mesmo de “Conan, o Bárbaro” – também adaptado para os cinemas, com atuação do hoje governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger. As informações são do Jornal da Tarde.

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