Rainha, deusa, diva, dona do pop. O estoque de títulos de nobreza foi amplamente ativado pela mídia nas semanas que antecederam a tão aguardada volta de Madonna ao Brasil. Só que, embora tenha até nome sagrado, ela não tem ainda o poder de parar a chuva. Bem que a cantora tentou, mas não conseguiu. Durante todo o show de domingo (14) no Maracanã (o primeiro da etapa brasileira, que encerra a turnê Sticky & Sweet), no Rio, em que se apresentou para 70 mil pessoas, caiu um aguaceiro que, além de derrubar os ânimos, também fez Madonna escorregar no palco duas vezes. Mais para o fim, a chuva acalmou, mas não parou. Ela já tinha reclamado do clima na passagem de som à tarde.

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A ironia foi a inclusão da música Rain no roteiro. Durante quase duas horas, os fãs puderam conferir 23 músicas, entre novos sucessos do álbum Hard Candy (2008) e clássicos da cantora, que ainda se apresentará hoje no Rio antes de seguir para São Paulo. A rainha do pop cantou algumas canções na passarela que avança do palco para a platéia VIP protegida por um guarda-chuva segurado por um componente da equipe, enquanto outros passavam o rodo atrás dela para puxar a água.

Em alguns momentos, a cantora perguntava à platéia se estava tudo bem em relação à chuva, se devia continuar com o show. E improvisou versos que ganharam a adesão de poucos: “Rain, rain, go away” (chuva, chuva, vá embora), cantarolou. É claro que a intempérie incomodou a todos, mas o show teve de prosseguir. Foi um bombardeio visual de altíssima definição e excelente qualidade técnica de som, com representações de ordem política, religiosa, ecológica e da cultura pop. Os efeitos são tão vistosos quanto fugazes.

A entrada da área VIP era um show à parte, com o público que estava na parte de trás do gramado fotografando e mexendo com as celebridades que desfilavam. Até Fernanda Montenegro apareceu. Outros famosos globais que passaram por ali foram Claudia Abreu, Renata Sorrah, Cláudia Jimenez, Rodrigo Santoro, Bruno Gagliasso, Miguel Falabella, Luciano Huck. Todos sorriam, davam adeusinhos e posavam simpáticos para fotos. A exceção foi Luana Piovani, que a galera não perdoou, gritando “porrada, porrada”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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