Paul McCartney não foi tão britânico no primeiro show da turnê “Up and Coming” que o trouxe ao Rio dez anos depois de sua estreia em palcos brasileiros. Passados sete minutos do horário previsto, boa parte dos eufóricos fãs no gramado do Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, se manifestava contra a demora, enquanto o sistema de som tocava hits dos Beatles.

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Enfim, o ídolo deu o ar da graça com 14 minutos de atraso. De calças pretas, camisa branca e blazer azul claro, repetiu um gesto visto em outros shows, molhando a ponta do dedo indicador na boca, tocando o ar e o sacudindo, dando a entender que a temperatura estava alta. Diferentemente dos shows vistos em São Paulo e Porto Alegre, abriu o roteiro com “Hello, Goodbye”, como nas apresentações da semana passada no Chile e no Peru, acompanhado em coro estrondoso pelo público.

Na plateia, de 45 mil pessoas a habitual mistura de fãs de várias gerações, famílias inteiras, grupos de turistas e cariocas, que foram saudados pelo ex-Beatle em português ensaiado. “Olá, Rio. E aí, cariocas. Boa noite, Brasil. É ótimo estar de volta ao Rio”, disse. Mais adiante repetiu frase ouvida nos shows em São Paulo: “Esta noite vou tentar falar português, mas vou falar mais inglês.”

O som que estava meio abafado nas primeiras canções começa a melhorar em “Letting Go” e “Drive My Car”. Em noite estrelada e um pouco fria, Paul ainda emocionou o público com a balada “The Long and Widing Road”, ao piano, e iria prosseguir provocando muita euforia com outros clássicos dos Beatles e da carreira solo, como “Blackbird”, “And I Love Her”, “Hey Jude” e “Yesterday”. Nesta segunda, ele faz o segundo e último show no Rio, com ingressos que chegam a R$ 700.

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Relaxamento

O domingo de Paul começou com um banho de sol diante da praia mais famosa do Rio e uma massagem especial na suíte do luxuoso Hotel Copacabana Palace, na zona sul. O cantor aproveitou para relaxar longe dos olhos do público. Por volta de 10h30, o músico e sua noiva, Nancy Shevell, deixaram o quarto para tomar sol na sacada privativa da suíte. Com uma câmera filmadora, o ex-Beatle registrou imagens da paisagem da orla de Copacabana. No início da tarde, dois massagistas foram recebidos por Paul e Nancy. Batedores chegaram pouco depois ao hotel para escoltar o cantor até o Engenhão. Milhares de pessoas formavam longas filas diante dos portões do estádio, abertos às 17 horas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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