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Show ‘carnavalesco’ coloca Beatriz Rabello no foco

Beatriz tem no sangue o mesmo vírus que fez do pai, o músico Paulinho da Viola, um homem do samba. Ela ama o carnaval. “É na avenida que me inspiro”, diz. Mas seria o seu carnaval o mesmo de Paulinho? “Não, são carnavais diferentes. Estamos ligados pela mesma essência, mas os tempos são bem diferentes, os sambas são mais acelerados, como ele diz.”

O show será uma mescla de um repertório de Paulinho com músicas clássicas de carnaval e outras que estão no álbum Bloco do Amor, que Beatriz lançou em 2017. Entre momentos de pai e filha juntos, só a filha ou só o pai, são lembrados sambas como Na Linha do Mar, (Paulinho da Viola), Solidão (Maria Vasco e Paulinho), a própria Bloco do Amor (Paulinho) e Recomeçar (de Elton Medeiros e Paulinho).

As partes carnavalescas são evocadas com Bandeira Branca (Max Nunes e Laércio Alves), Pastorinhas (João de Barro e Noel Rosa), Máscara Negra (Zé Keti e Pereira Matos), Yes, Nós Temos Bananas (João de Barro e Alberto Ribeiro), Balancê (João de Barro e Alberto Ribeiro) e Mulata Iê Iê Iê (de João Roberto Kelly). Há ainda um pout porri com Vai com Jeito (de João de Barro) e a Marcha do Cordão da Bola Preta (Nelson Barbosa e Vicente Paiva).

Beatriz diz que sente a necessidade de seguir promovendo seu disco, Bloco do Amor, sobretudo nas redes sociais. “Não penso ainda em fazer um novo disco, quero aproveitar mais esse e trabalhar na internet, algo que não fiz ainda.” A temática carnavalesca de seu álbum, e agora do show com o pai, tem a ver também com uma resistência. “O Rio está passando um momento duro. Foi o que me fez também pensar em um show como esse, que fosse um pouco além do que foi o disco. O show não é um baile de carnaval, não fica preso a essa ideia, mas pensei que ele poderia ajudar nesse momento.”

“É na avenida, em meio àquela alegria, que sinto às vezes quase que um devaneio. Sei que esse encantamento funciona assim com meu pai também.” Beatriz segue como atriz do musical Zeca Pagodinho – Uma História de Amor ao Samba, que vai sair do Rio este ano para vários Estados e ficar em cartaz em São Paulo por dois meses.

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